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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

SPORT - APRESENTANDO TÚLIO DE MELO

Passagem pelo Santa Cruz e parceria com Hazard em títulos: a trajetória de Túlio de Melo

Hazard, agora no Chelsea, posa para foto junto com Túlio de Melo em premiação na França

Novo atacante do Sport tem história fora do Brasil, onde também atuou com Grafite


As muitas perdas de jogadores importantes fizeram a torcida do Sport entrar em um clima de receio quanto ao futuro do clube. E os quatro primeiros reforços do Sport para 2016 pouco  alteraram esse panorama. Tanto que minutos após o anúncio dos primeiros nomes contratados, as interrogações tomaram conta das redes sociais, especificamente sobre um deles: Túlio de quê?
O atacante contratado pelo Leão é, de fato, muito pouco conhecido no futebol nacional. Ao público brasileiro, ele se apresentou com a camisa da Chapecoense, clube que defendeu durante o segundo semestre de 2015. Mas sua trajetória no futebol vai muito além da boa reta final da temporada com a camisa do Verdão do Oeste.

No currículo do novo centro-avante rubro-negro, há títulos importantes, parcerias com grandes craques do futebol europeu - inclusive com um ídolo do Santa Cruz, seu novo rival - e até mesmo uma passagem rápida (e discreta) pelo futebol pernambucano.
Início no Arruda
Revelado pela base do Atlético-MG, o atacante não encontrou espaço no elenco profissional do time mineiro. Mesmo assim, despertou o interesse do Aalborg, da Dinamarca, que já havia recebido outros atletas do Galo. O clube escandinávio só fez um requisito: que Túlio tivesse alguma experiência fora da base antes de se transferir. Foi assim que, com 18 anos de idade, ele veio parar no Santa Cruz.
Túlio assinou com o Tricolor no início de 2004. Foi um dos reforços contratados para a disputa do Campeonato Pernambucano e da Copa do Brasil. Mas o momento difícil que o clube enfrentava fez o atacante ter uma primeira experiência profissional pouco notável: ele quase não entrou em campo e, financeiramente, também não teve retorno. Por isso, apenas três meses depois de sua chegada, ele rumou para o futebol dinamarquês, onde passaria um ano.

Ex-colegas, agora rivais
Após essa passagem pelo Aalborg, o atacante foi contratado pelo Le Mans, da França. No clube francês, ele viveu uma de suas melhores fases: se livrou das lesões que o perseguiram na Dinamarca e alcançou a marca de 24 gols marcados pelo clube na primeira divisão francesa, tornando-se o maior artilheiro dos Sang-et-Or na elite do país.
Um ano após a sua chegada na França, em 2006, ele passou a conviver com um atacante brasileiro que ele certamente não imaginaria ter, uma década depois, como rival: Grafite. A passagem do ídolo tricolor pelo clube Sang et Or durou apenas uma temporada - ele deixou a França para brilhar no Wolfsburg. Túlio, por sua vez, saiu um ano depois para o Lille, onde conquistaria as maiores glórias de sua carreira. Em 2016, pelo menos quatro reencontros com o antigo parceiro já estão confirmados.
Parceiros ilustres
No Lille, Túlio de Melo fez história: ajudou o clube a conquistar o seu terceiro título de campeão francês, após um jejum de 56 anos. Ao seu lado, ele tinha nomes que hoje brilham no topo do futebol europeu: o belga Eden Hazard, o atacante Gervinho e os franceses Adil Rami, zagueiro, e Yohann Cabaye, meia.
Com um elenco tão rico de talento, os Dogues conseguiram o impensável: além da Ligue-1, conquistaram também a Copa da França, assegurando ao clube o segundo doblete de sua história. O preço: um desmonte quase que completo, que relegou o Lille novamente ao papel de coadjuvante em seu país.
Prazer, Túlio de Melo!
Depois de passar seis temporadas no Lille, o atacante foi viver novas experiências. Primeiro, no Evian, também na França, onde teve uma passagem apagada. De lá, partiu para atuar no futebol espanhol, pelo Valladolid, onde passou apenas seis meses antes de resolver voltar ao Brasil para ficar mais perto do filho mais velho, de sete anos.
O clube que ele escolheu para seu retorno ao país-natal foi a Chapecoense. Ele chegou ao Verdão do Oeste no fim de agosto, com o Campeonato Brasileiro já em curso. Teve que suar para atingir o melhor condicionamento físico e técnico, mas conseguiu crescer de produção e marcou seis gols - um pela Sul-Americana e outros cinco no Brasileirão, competição da qual foi vice-artilheiro da Chape.


Diario de Pernambuco

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