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sábado, 26 de dezembro de 2015

SANTA CRUZ - O ANO DE 2015

      Retrospectiva 2015: título, Grafite e volta à elite marcam ano do Santa Cruz

      Ano tricolor começou devagar e não parecia promissor, mas acabou perfeito para a torcida: com título estadual e retorno à elite nacional depois de dez anos afastado


                                                  Festa do Santa Cruz pelo acesso à Série A foi grande
    01
SUSTO
O início da temporada não sugeria que o fim dela seria tão bom. O Santa Cruz começou muito mal o ano. Nos dois primeiros jogos, desorganizado, o time dirigido então pelo técnico Ricardinho sofreu duas derrotas feias: para o Sport, dentro do Arruda, e, depois, para o Serra Talhada, no Sertão. Ambas por 3 x 0.
02
ESPERANÇA
Depois do péssimo início, o Santa Cruz se recuperou no Campeonato Pernambucano. Alguns jogadores importantes estrearam, como o meia João Paulo, e, a partir daí, a equipe cresceu. Não chegou a exibir um futebol brilhante em momento algum, é verdade, mas foi eficiente na reta final e fez pesar a camisa tricolor - que levou quatro das últimas cinco taças estaduais para casa.João Paulo foi eleito o craque da competição, mas o herói do título foi o atacante Anderson Aquino, autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Salgueiro, no Arruda. A primeira partida da decisão, realizada no Cornélio de Barros, foi 0 a 0.

03
COMEÇO RUIM DA SÉRIE B E DEMISSÃO DE RICARDINHO
Assim como no Estadual, o início da Segunda Divisão foi muito ruim para o Santa Cruz. Nos sete primeiros jogos, uma vitória, dois empates e quatro derrotas. A gota d'água foi a igualdade sem gols, em casa, contra o Boa Esporte, pela sétima rodada. Ali, a diretoria perdeu a paciência com o técnico Ricardinho que, apesar de campeão pernambucano, não gozava do carinho da torcida. O comandante deixou o Santa na 18ª posição do Brasileiro com cinco pontos conquistados, dentro da zona de rebaixamento.
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MAIS UMA JOIA
O título estadual não foi a única coisa boa que o técnico Ricardinho deixou no Santa Cruz. Além da taça, ele ajudou a revelar uma grande joia das categorias de base da equipe: o volante Wellington Cézar. Verdade que o jogador só se consolidou mais tarde, mas, quando o treinador saiu, o prata da casa já havia substituído Edson Sitta e acabou virando peça chave no esquema coral.
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CONTRATAÇÃO DE MARTELOTTE
Na 18ª posição, com uma equipe que não dava sinais de melhora, o Santa Cruz só tinha dois caminhos: ou se complicava de vez na Série B ou se recuperava (já que ainda havia tempo para isso). Dependia, para isso, de uma escolha certa: o próximo treinador. E a diretoria dificilmente poderia ter feito uma opção melhor. Com longa identificação com o Tricolor, Marcelo Martelotte foi contratado para a sua quarta passagem pelo Arruda (duas como goleiro, duas como técnico) e, mais uma vez, foi vitorioso. Apresentando um trabalho consistente, acabou conquistando o acesso à Série A - considerado pelo próprio como o maior feito dele pela Cobra Coral. O objetivo alcançado acabou reconstruindo a relação dele com o clube, desgastada desde 2013 (quando Martelotte trocou o Santa pelo Sport logo após o título coral no Campeonato Pernambucano).
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CHEGADA DE GRAFITE
Dentro de campo, o atacante Grafite foi importante. Disputou 15 jogos e marcou sete gols na Série B. Mas sua contratação foi além disso. Fora das quatro linhas, o jogador agitou o Arruda, aumentou o número de sócios, fez crescer a presença de público nos jogos e melhorou a auto-estima do torcedor. Foi o "Efeito Grafite", como a torcida tricolor popularizou.
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O SOMBRA
O centroavante Bruno Moraes não chegou, nem de longe, com a mesma pompa de Grafite. Pelo contrário: quando desembarcou no Arruda, era um mero desconhecido da torcida do Santa Cruz. Isso não quer dizer que ele não tenha sido importante no acesso. O desconhecimento foi transformado em carinho com nove gols, muitos deles importantes. E o anônimo Bruno Moraes virou o "General" para a torcida.
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CASAMENTO PERFEITO
O técnico Marcelo Martelotte relutou por muito tempo, mas, no final das contas, acabou cedendo e encontrando uma forma de encaixar João Paulo e Daniel Costa, dois meias, no esquema tático do time. A dupla deu certo e promoveu um salto de qualidade no Santa Cruz. O camisa 10 foi recuado para atuar, muitas vezes, como volante. O oito tinha mais liberdade para criar e era responsável pelas sempre perigosas bolas paradas. Cada um à sua maneira, ambos foram fundamentais para o acesso à Série A.
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TROPEÇO
A boa campanha, que culminou no segundo lugar da Série B, não foi feita apenas de bons momentos depois que Marcelo Martelotte chegou. O Santa Cruz chegou a passar por apertos, que, em determinados momentos, tiraram a confiança da torcida no acesso. O maior deles foi o tropeço, dentro de casa, no Clássico contra o Náutico. A equipe tricolor até saiu na frente no placar, mas permitiu a virada do Timbu para 3 a 1. Naquela situação, o resultado parecia fatal para o Santa. Tempos mais tarde, porém, descobriu-se que aquele fracasso, na verdade, foi o trampolim para o triunfo. O elenco, a partir dali, se fechou ainda mais em busca do G-4.
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ARRANCADA FINAL
Quer uma prova de que a derrota para o Náutico, na 31ª rodada da Série B, foi fundamental para o acesso? Aí vai: a partir dali, o Santa não perdeu mais. Nos sete jogos seguintes, empatou um, contra o Atlético-GO, fora, e venceu todos os outros. E diante de muitos adversários de peso: Bahia, na Fonte Nova, Botafogo, no Engenhão, e Vitória, na luta pela vice-liderança. Além, é claro, do duelo contra o Mogi Mirim, em Itu. O jogo que garantiu o acesso à Série A. 

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