Retrospectiva 2015: Náutico tem ano inconstante e com velhos problemas
Marcos Freitas foi o vencedor das eleições do Náutico
Mais uma vez, Timbu não conseguiu títulos e tem nova gestão que promete melhora
O ano de 2015 do Náutico foi para esquecer. No primeiro semestre, o time teve uma das piores campanhas de sua história. No segundo, o panorama melhorou um pouco, mas o Timbu teve um desempenho irregular na Série B, o que acabou custando o acesso. Fora de campo, os mesmos problemas de sempre: salários atrasados e bastidores políticos quentes. O último ato foram as eleições do clube, que elegeram Marcos Freitas como novo presidente. Agora, fica a esperança no coração do torcedor alvirrubro em um futuro melhor.
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MOACIR JÚNIOR DITA O INÍCIO
Ainda em dezembro de 2014, o Náutico já adiantava o planejamento desta temporada. A diretoria anunciou o técnico Moacir Júnior para comandar o time. Na chegada, prometeu valorizar a base do clube, já que o Timbu, com pouco fluxo de caixa, tinha de recorrer a isso nas disputas do Campeonato Pernambucano e Copa do Nordeste. Mas a situação iria apertar.
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CAMPANHAS INCONSTANTES
O Náutico não conseguia convencer e patinava na Copa do Nordeste e no Pernambucano. O treinador Moacir Júnior pedia contratações de jogadores experientes. Aquele time, com média de idade de menos de 24 anos, oscilava. E Moacir sabia que a baixa idade era o motivo para a instabilidade.
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PRIMEIRAS FRUSTRAÇÕES
A diretoria do Náutico contratou para ser um dos líderes do elenco o zagueiro Leandro Euzébio. Porém, tudo foi por água abaixo. Apesar da recepção com festa no aeroporto, a relação sempre foi desgastada. Leandro chegou a dar uma entrevista detonando a diretoria alvirrubra. Logo depois, pediu um amistoso para fazer seu último teste depois da recuperação de uma lesão no joelho. Mas, incrivelmente, não apareceu no jogo que ele mesmo pediu para ser feito e foi dispensado. Comenta-se nos bastidores entre os membros da direção que ele foi a pior contratação da temporada - chegou e saiu e não fez um jogo oficial.
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SAÍDA DE MOACIR JUNIOR
O time não conseguia responder dentro de campo e a diretoria do Náutico resolveu optar, em março, pela saída do técnico Moacir Júnior. Apesar de estar na corda bamba, a notícia pegou de surpresa o treinador, que foi informado da decisão da direção após um treinamento.
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LISCA "DOIDO": A VOLTA
Para o lugar de Moacir Júnior, a diretoria do Náutico optou por uma "nova" peça, já bem conhecida do torcedor alvirrubro: Lisca, que tinha comandado o time em 2014 e sido vice-campeão pernambucano, estava de volta. A missão era difícil, mas os alvirrubros estavam confiantes: nas redes sociais do clube, a mensagem "preparem os alambrados" fazia referência ao fim do tabu de vitórias do Náutico contra o rival Sport na Ilha do Retiro após dez anos, quebrada durante a primeira passagem do treinador no Timbu.
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COBRANÇA DA UNIFORMIZADA
A situação já não andava boa para o Náutico com a eliminação na Copa do Nordeste ao perder para o Salgueiro por 3 a 1. Restava concentrar as forças no Campeonato Pernambucano, contra o mesmo Carcará. Na semana da "decisão", os jogadores foram cobrados frente a frente por membros da torcida organizada do clube, que teve o consentimento da diretoria para uma conversa olho no olho. O tom da conversa foi duro.
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ELIMINAÇÕES DOLOROSAS
As cobranças da uniformizada não deram certo. O Náutico acabou sofrendo uma sonora goleada de 4 a 1 para o Salgueiro, fora de casa, e foi eliminado do Campeonato Pernambucano. O jogo foi tão atípico que o volante João Ananias terminou o segundo tempo como goleiro e desabou em lágrimas após a partida. Mais uma vez, o Carcará foi o algoz. E o Timbu terminava o Estadual como lanterna.
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(RE) INÍCIO ARRASADOR
Com reforços e um time totalmente diferente, o Náutico iniciou a Série B a todo vapor. Nos seis primeiros jogos, foram cinco vitórias e um empate - a melhor campanha do time na competição na era dos pontos corridos. Douglas começou sendo um dos destaques do time quando marcou seis gols e chamou a atenção de clubes como o Flamengo.
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QUEDA DE RENDIMENTO; QUEDA DE LISCA
Após uma derrota para o Ceará, no Castelão, Lisca não resistiu e foi mandado embora do Náutico. A campanha inconstante da equipe - que até então só tinha vencido uma fora de casa em 12 partidas longe do Recife - foi o principal fator para a posição da diretoria. Logo após o revés, que se tornou a gota d'água para o seu adeus, o treinador declarou que não tinha conseguido encontrar as soluções para o time.
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CHEGADA DE DAL POZZO
Como "fato novo", para ajudar a equipe a conseguir o acesso que estava difícil, o Náutico anunciou a chegada do técnico Gilmar Dal Pozzo, que estava no ABC. Nas suas mãos, a missão de fazer o time voltar aos trilhos sem contratar ninguém - o mercado estava prestes a fechar. Sem pensar em renovação contratual e focando somente na Série B, o novo comandante chegou com discurso de motivação.
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SAÍDA DE CARMONA
O Náutico começou a conquistar vitórias sob a batuta de Gilmar Dal Pozzo, mas enquanto as coisas pareciam se encaminhar dentro de campo, fora dele o time teve uma turbulência: às vésperas do Clássico das Emoções, contra o Santa Cruz, no Arruda, o meia Pedro Carmona foi dispensado. A atitude pegou todos de surpresa porque não era da política do clube dispensar jogadores. Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, o meia - que tinha acabado de retornar ao Recife após um período de tratamento para lesões musculares no Corinthtians - afirmou ter sofrido perseguição do então vice-presidente de futebol, José Barbosa. O dirigente minimizou as críticas.
12VELHOS PROBLEMAS
O Náutico lidou com os mesmos problemas de 2014 nesta Série B: os salários atrasados. Perto do fim da competição, os jogadores se reuniram algumas vezes com a diretoria para resolver estas pendências. O zagueiro Fabiano Eller chegou a falar de maneira sincera sobre o caso, mas ressaltou que não atrapalhava a equipe dentro de campo.
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BATEU NA TRAVE
O Náutico venceu o clássico contra o Santa Cruz e somou outras vitórias importantes fora de casa, como contra o Paysandu e o Vitória. Nutriu esperanças no acesso e esteve bem perto. Mas tropeçou diante do Macaé e do CRB e acabou fraquejando na penúltima rodada. Apesar de ter vencido o Bahia por 1 a 0, na Arena Pernambuco, viu o Santa Cruz acumular uma série de seis vitórias e bater o Mogi Mirim fora de casa. Ali, o sonho da Série A tinha acabado com uma rodada de antecedência.
14NOVO PRESIDENTE
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