Brasília dos milagres
O ótimo escritor americano Mark Twain dizia que os Estados Unidos tinham o melhor Congresso que o dinheiro podia comprar. Problema deles: em nosso país tropical, abençoado por Asmodeus e bonito por natureza (mas que beleza!), os parlamentares abrem o mar do nosso dinheiro que virou vermelho. Milagre!
Pois o milagre se realiza há anos. O deputado João Alves dizia que enriqueceu ganhando sucessivas vezes na Loteria - deve ser verdade, porque deputado não pode mentir, é quebra de decoro. Eduardo Cunha, em operações só agora conhecidas, vendia carne brasileira enlatada para a África, e o dinheiro ia para a Suíça.
Talvez seja a carne daquele gado valorizadíssimo criado por Renan Calheiros, rebanhos imensos, que apenas as monumentais pradarias russas (e as fazendas alagoanas ainda maiores, mas que de tão modernas são apresentadas em modo compacto), do hoje presidente do Senado. E descobriríamos que a pensão para a bela mãe de sua não menos linda filhinha viria da venda do maravilhoso gado para o exportador Eduardo Cunha.
Ou talvez o gado de Cunha fosse criado nas fazendas aéreas de Romero Jucá, para que a pata dos bois não machucasse a terra com suas duras pisadas. Nas áreas do ranário da família Barbalho, aquelas amplamente financiadas pelo BNDES, jamais: ali, se um dia rãs surgissem, os bois poderiam pisá-las. Mas as tais rãs que tanto custaram aos cofres públicos nem precisam aparecer. Rãs fantasmas podem ser pisadas por bois fantasmas, fantasmagoricamente, todos financiados com dinheiro público real.
Real? Vá lá: dólar.
Pois o milagre se realiza há anos. O deputado João Alves dizia que enriqueceu ganhando sucessivas vezes na Loteria - deve ser verdade, porque deputado não pode mentir, é quebra de decoro. Eduardo Cunha, em operações só agora conhecidas, vendia carne brasileira enlatada para a África, e o dinheiro ia para a Suíça.
Talvez seja a carne daquele gado valorizadíssimo criado por Renan Calheiros, rebanhos imensos, que apenas as monumentais pradarias russas (e as fazendas alagoanas ainda maiores, mas que de tão modernas são apresentadas em modo compacto), do hoje presidente do Senado. E descobriríamos que a pensão para a bela mãe de sua não menos linda filhinha viria da venda do maravilhoso gado para o exportador Eduardo Cunha.
Ou talvez o gado de Cunha fosse criado nas fazendas aéreas de Romero Jucá, para que a pata dos bois não machucasse a terra com suas duras pisadas. Nas áreas do ranário da família Barbalho, aquelas amplamente financiadas pelo BNDES, jamais: ali, se um dia rãs surgissem, os bois poderiam pisá-las. Mas as tais rãs que tanto custaram aos cofres públicos nem precisam aparecer. Rãs fantasmas podem ser pisadas por bois fantasmas, fantasmagoricamente, todos financiados com dinheiro público real.
Real? Vá lá: dólar.
Carlos Brickmann
Nenhum comentário:
Postar um comentário