PDT não aceitou pasta por barganha, diz ministro
O novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, afirmou hoje, ao receber o cargo das mãos de Ricardo Berzoini, que seu partido, o PDT, aceitou comandar a pasta para ajudar o Brasil a superar a crise política e econômica, “não por barganha de cargos”.
Declarado “independente” do governo da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o PDT comandou até a semana passada o Ministério do Trabalho. A pasta, com a reforma administrativa, foi, então, incorporada ao Ministério da Previdência, que será chefiado por Miguel Rossetto (PT). À legenda, então, foi oferecido o Ministério das Comunicações durante reunião entre Dilma e o presidente da legenda, o ex-ministro Carlos Lupi.
“Temos a convicção de que a nossa entrada no ministério, e aí fica claro pelas reiteradas vezes que o presidente Lupi disse isso e a nossa bancada também, nós não estamos fazendo por barganha de cargos. Estamos fazendo porque precisamos tirar o Brasil dessa crise política, precisamos ajudar o Brasil a sair dessa crise econômica que retroalimenta a crise política”, disse André Figueiredo.
“E o PDT não pode se furtar a este papel. A presidenta foi muito enfática ao dizer que fazia questão do PDT no ministério”, acrescentou o ministro das Comunicações ao receber o cargo.
Nesta segunda, ao tomar posse em cerimônia no Palácio do Planalto, André Figueiredo já havia dito que, com sua nomeação para o primeiro escalão do governo, ele “acha” que a postura do PDT na Câmara pode mudar em relação à presidente Dilma.
Ele chegou a dizer que a bancada votaria pela manutenção dos vetos presidenciais na sessão do Congresso desta semana – como o governo quer.
No seu discurso na transmissão de cargo, o novo ministro das Comunicações voltou a declarar que o PDT deve contribuir com o governo da presidente Dilma. “Mas sem, necessariamente, ter de concordar com tudo, e sempre fizemos isso de maneira muito franca”.
por Magno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário