MTA não descarta entrar com ação na Justiça contra assembleia que votará novo estatuto
Assembleia de sócios que decidirá novo estatuto será na próxima quarta-feira
Grupo que apoia presidente Glauber Vasconcelos alega que votação do projeto no conselho deliberativo foi ilegal
A votação do projeto do novo estatuto do Náutico segue dando o que falar nos bastidores timbu. Contrário ao projeto, o ex-presidente do Movimento Transparência Alvirrubra (MTA) e atual conselheiro do clube, o advogado Ivan Pinto da Rocha, não descartou a possibilidade de uma ação na Justiça Comum para impedir a realização da assembléia geral dos sócios, marcada para a próxima quarta-feira, que aprovará ou não a minuta. Uma das alegações do grupo que apoia o presidente Glauber Vasconcelos é a de que a aprovação do projeto no conselho deliberativo aconteceu de forma ilegal.
De acordo com Ivan Rocha, para ser levado para votação entre os sócios, o texto do projeto teria que ser definitivo, o que segundo o representante do MTA não aconteceu. "Para ir para a assembléia geral, era preciso ter o texto final e nada disso foi feito. Eles ainda estão recebendo emendas com sugestões de sócios. Assim, o texto final só será conhecido na véspera da votação", destacou. "O texto definitivo deveria ter sido aprovado por maioria qualificada, que são 2/3 dos conselheiros. Não descarto a possibilidade de se entra na Justiça para suspender a assembléia para que se cumpra amplamente o texto final. Na verdade, qualquer sócio que se sentir prejudicado pode fazer isso", destacou.
O representante do MTA também criticou o fato da discussão sobre o novo estatuto do clube ocorrer a menos de dois meses das eleições do clube. No entanto, vale lembrar que, caso seja aprovado, as novas regras para a eleição da diretoria executiva só começará a valer em 2017. Já para as alterações para o pleito do conselho deliberativo já seriam aplicadas.
"Votar essa proposta de estatuto agora é oportunismo. O ideia seria adiar isso para o próximo ano, sem a contaminação do clima eleitoral. A ideia desse novo estatuto é dar super poderes ao conselho deliberativo. Isso faz mal ao clube e vai de encontro ao estado democrático de direito", destacou.
Entre as principais criticas do MTA ao projeto do novo estatuto está a avaliação prévia do conselho deliberativo sobre as chapas inscritas para concorrer ao poder executivo. Em caso de mais de dois grupos inscritos, apenas duas seriam aprovadas pelo órgão para seguirem para a votação entre os sócios. "Com esse filtro, o conselho vai colocar apenas queme eles querem. Também não achamos necessário que o candidato seja obrigatoriamente conselheiro do clube. Isso limita as eleições a um grupo pequeno de pessoas. O MTA lutou muito pelo voto direito ao sócio. Perder isso seria um retrocesso", finalizou.
Diario de Pernambuco
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