Lisca explica declaração polêmica contra torcida, critica diretoria e diz que ciclo no Náutico acabou
Em vídeo que circula nas redes sociais, Lisca compara a torcida do Ceará à do Náutico
Treinador lembrou falta de apoio da torcida na Série B e diz que foi tratado como "um cachorro" pelos dirigentes
Uma relação que já foi de lua de mel, acabou em divórcio e agora rende sequelas. Pouco mais de um mês e meio após ser demitido do Náutico, o técnico Lisca, hoje no Ceará, se referiu à torcida alvirrubra de uma forma polêmica, após a vitória do alvinegro por 2 a 1 sobre o Boa, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Em entrevista à imprensa local, o treinador comparou a presença das duas torcidas na Série B. "Olha isso aqui, olha essa massa. Estava com saudade disso. No clube em que eu tava nao tinha isso", desabafou. Em conversa com Superesportes, nesta segunda-feira, o treinador negou que tenha tido a intenção de provocar os alvirrubros. No entanto, voltou a criticar o compartamento da torcida do Náutico nos jogos da Série B. E foi além. Disparou também contra a diretoria do clube e garantiu que seu ciclo no Timbu está encerrado.
Com relação à torcida, Lisca lembrou da baixa presença de público na Arena Pernambuco, mesmo quando a equipe figurava dentro do G4. "Sempre tratei com respeito a torcida do Náutico, mas a verdade é que faltou apoio. Contra o Macaé e Paysandu só tinham 4 mil pessoas, com o time brigando pela liderança. A própria imprensa daí fez várias matérias falando da falta de público do Náutico", destacou. "Aqui no Ceará, a torcida coloca 12 mil com o time brigando para não cair. E apoia o tempo todo. Aí, os poucos que iam ao estádio era para vaiar e criticar o time. A torcida do Náutico é muito preocupada com redes sociais", disparou.
Porém, o tom critico de Lisca ganha força ao falar da diretoria do clube. O treinador afirmou que o Náutico ainda deve dois meses de salário por direito de imagem, um na carteira, além da multa e da rescisão contratual. Segundo Lisca, faltou respeito da diretoria para conduzir a sua saída do clube. "O que se fez, não se faz com um profissional. Teve lado pessoal nisso. Foi uma falta de respeito. Me mandaram embora com uma mão na frente e outra atrás. Ma mandaram embora feito um cachorro", afirmou. "Cadê a transparência que essa diretoria tanto pregou?", perguntou.
Magoado, Lisca disse não enxergar uma terceira passagem dele no Náutico. Mas não descartou uma possível volta ao futebol pernambucano. "Uma volta para o Náutico é muito difícil. Por esse tratamento. No primeiro ano relevei, no segundo ano fica complicado. É um ciclo encerrado na minha carreira. Nos outros dois (Santa Cruz e Sport) aceitaria um convite de boa", finalizou.
Diario de Pernambuco
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