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domingo, 4 de outubro de 2015

BRASILEIRO SÉRIE B - LONGE DO G4

Náutico volta a mostrar suas fragilidades, perde por 2 a 0 para o Oeste e vê G4 mais longe

Timbu chegou a pressionar os paulistas no segundo tempo, mas perdeu diversos gols e foi castigado no final

No segundo tempo, Timbu desperdiçou várias oportunidades e foi castigado por sua incompetência


O Náutico desperdiçou uma bela oportunidade de voltar a se aproximar do G4, deixando o sonho de retornar à Série A do Campeonato Brasileiro ainda distante. Para subir de divisão, o Náutico precisa vencer fora de casa. De nada vai adiantar ao Timbu ter aproveitamento de 100% como mandante até o fim da Série B, se não conseguir pontuar na condição de visitante. Porém, para triunfar fora de casa, é preciso muito mais do que aquilo que foi mostrado neste sábado (3), em Osasco, diante do Oeste. Incompetente no setor ofensivo e demonstrando lacunas na defesa, o Náutico sucumbiu frente a um adversário sem qualquer pretensão na competição. No fim, o 2 a 0 para os donos da casa fez jus a quem teve maior competência no jogo.
 Não podia haver melhor ilustração da incompetência do Náutico na primeira etapa do que o gol do Oeste. O cronômetro marcava 34 minutos, quando Mazinho cobrou uma falta alçando a bola na área. A defesa alvirrubra bateu cabeça, foi incapaz de afastar a bola e viu o mesmo Mazinho, já dentro da área, aproveitar o rebote para fuzilar para o fundo das redes de Júlio César.
O gol do Oeste, a propósito, fazia justiça ao que se via, até então, em campo no estádio José Liberatti, em Osasco, casa emprestada do time de Itápolis. Com exceção de um único chute a gol - ou, melhor dizendo, de uma tentativa frustrada de arremate, mal concluída por Daniel Morais -, o Náutico foi incompetente no setor ofensivo, inapto a criar perigo ao adversário ao longo de toda a primeira etapa. 
Pior do que a ineficiência ofensiva - inábil na transição para o ataque, não conseguindo construir jogadas coletivas, resumindo seu jogo a chutes para a frente -, eram os buracos deixados no setor defensivo. Descompactadas, as duas linhas mais recuadas alvirrubras davam espaços para que o Oeste criasse jogadas de relativo perigo ao gol de Júlio César. Como três minutos antes da abertura do placar, quando Renan Mota mandara uma bomba na trave. Uma vez atrás no marcador, somente de falta, já nos acréscimos, o Náutico voltaria a chutar a gol.
Incompetência castigada
Gilmar Dal Pozzo fez duas alterações ao intervalo. Willian Magrão e Hiltinho entraram no lugar de Jackson Caucaia e Bruno Alves. Não foram apenas as peças que mudaram. A postura do Náutico em campo também era outra, completamente diferente da apatia da etapa inicial. Com ânimo renovado, o Timbu partiu para cima do Oeste. E se no primeiro tempo não conseguia nem chegar ao ataque, no segundo o problema era outro.
O alvirrubro esbarrava em sua própria incompetência. Os portugueses costumam dizer que “não há duas sem três”. No caso alvirrubro, contudo, ao invés de a terceira tentativa ter sido a do gol de empate, foi apenas a ratificação da fragilidade de seu ataque. Uma após a outra, o Náutico ia desperdiçando as oportunidades de igualar o marcador. E como nada não está tão ruim que não possa piorar - já diria Murphy -, aos 34 minutos Patrick aproveitou mais uma falha defensiva timbu e, de primeira, sacramentou a derrota alvirrubra.

Ficha do jogo
Oeste 2
Leandro; Paulo Henrique, Junior Lopes, Ligger e Fernandinho; Elivelton (Renato Xavier), Renan Mota, Guilherme (Patrick) e Mazinho (Daniel Gigante); Waguininho e Kae. Técnico: Roberto Cavalo.

Náutico 0 
Júlio César; Lucas Farias, Rafael Pereira, Ronaldo Alves e Gastón; Jackson Caucaia (Willian Magrão), João Ananias (Dakson), Fillipe Soutto e Bruno Alves (Hiltinho); Daniel Morais e Bérgson. Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

Local:
 José Liberatti (Osasco-SP). Árbitro: Alisson Sidnei Furtado (TO). Assistentes: Francisco Casimiro de Sousa (TO) e Natal da Silva Ramos Júnior (TO). Gols: Mazinho e Patrick (Oeste). Cartões amarelos: Jackson Caucaia e Dakson (Náutico).


Diario de Pernambuco

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