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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

COPA SUL-AMERICANA - TORCIDA ADVERSÁRIA

'Quemeros' com orgulho e ansiosos para o jogo, apesar de não terem acesso ao treino do Huracán

Marcelo Pérez e Dario Ramírez foram à Ilha acompanhar o treino do 'Globo', mas a atividade foi fechada

Torcedores argentinos foram para a Ilha do Retiro dar apoio ao time do coração


Os jogadores do Huracán se surpreenderam ao desembarcarem do ônibus na Ilha do Retiro, na noite desta terça-feira (22), para o treino de reconhecimento do gramado rubro-negro. Não esperavam encontrar dois torcedores do Globo em terras tão distantes. Mas, Dario Ramírez e Marcelo Perez fizeram questão de expressar seu sentimento ao clube. Ambos se mostraram felizes com a possibilidade de ver o time no Recife, cidade que os adotou. Mas, não esconderam a decepção de não poderem ver a atividade mais próximo. O jeito, foi ir para um dos prédios ao lado, só para matar a curiosidade antes do jogo.
Marcelo Perez  58, é professor de espanhol e linguagem cinematográfica. Ele é de Parque Patricios, bairro do Huracán em Buenos Aires, mas vive na capital pernambucana há 27 anos e há 30 não assiste a um jogo de seu time. Espera acabar com este hiato nesta quarta-feira. “Foi uma grande surpresa para mim ver que o Globo viria jogar a aqui. Mal pude acreditar”, disse. 
“Meu irmão estava doido para vir, mas terminou não conseguindo comprar a passagem para ele e a esposa”, acrescentou. Segundo Perez, a torcida do Huracán, os quemeros como são conhecidos, tem a tradição de legar a paixão pelo clube através da família. “No título Metropolitano de 1973 [o último campeonato argentino da história do clube], íamos todos juntos - irmãos, tios, amigos - para todos os jogos. E eles continuam fazendo isso até hoje”, relembrou.
O estudante de logística Dario Ramírez, 29, estava ainda mais entusiasmado. Filho de um ex-jogador do Huracán  - Aníbal Ramírez -, Dario nunca assistiu a uma partida do Globo. “Sou de Misiones, que fica a 900km de distância da capital. Não tinha como ir”, afirmou. Por isso, Dario não perdeu a oportunidade de sequer tentar ver o treino do time antes do jogo. “Quando vi os jogadores, fiquei sem palavras. Eu me tremia todo”, revelou, pouco depois de ter tirado fotos com alguns dos ídolos.
Embora decepcionado por não poder acompanhar a atividade mais de perto, Dario mantinha o astral elevado, antevendo uma boa atuação. “Vai dar tudo certo para o Huracán passar de fase”, previu. Mas tanto para ele quanto para Marcelo, já deu: como impediu os dois de assistirem ao treino, o clube argentino vai compensar dando ingresso para o jogo a ambos .


Diario de Pernambuco

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