SANTA CRUZ - SE ADAPTANDO

Após três jogos pelo Santa Cruz, Grafite diz que ainda está em adaptação e faz autoavaliação

Grafite revelou que, apesar dos seus dois primeiros gols no retorno ao Santa, não costuma marcar de cabeça

Atacante revelou, ainda, ter sido feliz nos gols, já que não é especialista em cabeceio

A expectativa pelo retorno de Grafite era muito grande na torcida coral. E a volta do atacante foi triunfante, com o gol da vitória sobre o Botafogo. Em três partidas, foram dois gols. Ambos de cabeça, um recurso que o atleta admite não ser o seu forte. Apesar da boa média, o jogador reconhece que ainda precisa melhorar em diversos aspectos, revelando que ainda passa por um período de readaptação ao futebol brasileiro.

Grafite é um centroavante de área, oportunista, que se aproveita de seu porte físico para ganhar a disputa com os zagueiros adversários. De boa estatura, o atacante marcou seus dois gols após o retorno ao Tricolor de cabeça. Porém, revela que “mesmo tendo 1,89 de altura, cabeceio nunca foi o meu forte”. O jogador diz que usa a experiência adquirida ao longo da carreira para superar a deficiência. “Tenho trabalhado bastante o tempo de bola. É um ponto a mais que a gente pode trabalhar no decorrer dos jogos”, comentou.

Autoavaliação

Em que pese já ter balançado as redes duas vezes, Grafite é bastante crítico ao analisar seu desempenho. Sem se deixar iludir pelos gols marcados, o centroavante confessa que ainda carece de evolução. “Estou trabalhando. Sei que posso melhorar mais ainda, condicionamento físico, técnico e tático. Essa volta para o futebol brasileiro não é fácil”, disse. Dificuldade principalmente em acompanhar o ritmo de jogo do futebol brasileiro. “Passei os últimos quatro anos no Oriente Médio e o nível técnico é muito mais alto aqui. A velocidade de jogo também é muito alta. Estou começando a me adaptar agora”, avalia. 

Velocidade que um dia já foi trunfo dele. “Já não dá mais. O próprio peso não ajuda, em 2001 e 2002 eu pesava 70/72kg, hoje 88/89kg, devido à massa muscular que adquiri ao longo dos anos. Mas, ainda tenho uma certa velocidade para o meu tamanho. Mas, a experiência ajuda a suprir”, reconheceu.

Apesar de tudo, Grafite acredita que tem sido útil ao Santa Cruz. “Acho que estou conseguindo contribuir. Estou fazendo por onde para ser titular”, opinou. Mas, prefere deixar para o fim do ano uma análise mais consistente sobre seu rendimento. “O melhor é a gente fazer essa avaliação no fim”, projetou.

Diario de Pernambuco