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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

PROBLEMAS FINANCEIROS

Aeroclube suspende atividades com dívida de R$ 13 milhões da PCR

Aeroclube já tinha deixado de ministrar cursos

Com a saída do Pina, Anac entendeu que empreendimento não tem base fixa


Dois anos após o Aeroclube de Pernambuco deixar de funcionar na área no Pina, Zona Sul do Recife, cedida pelo Governo do Estado à Prefeitura do Recife por causa das obras da Via Mangue, nove cursos teóricos que eram oferecidos pela entidade foram suspensos “cautelarmente” pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e não serão liberados “até que sejam corrigidas as não conformidades”. A publicação sobre a suspensão das atividades foi veiculada, nesta quarta-feira (12), no Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com o presidente do aeroclube, Alfredo Bandeira, desde quando foi retirada pelo Governo do Estado da área onde funcionava, a entidade “ficou sem um local estabelecido, o que fez com que a Anac entendesse que nós não temos uma base fixa, sem, portanto, termos condições de oferecer os cursos”. Para Bandeira, a situação está relacionada diretamente ao fato de a Prefeitura do Recife, atual detentora do terreno onde funcionava o aeroclube, não ter pago a indenização pela desapropriação, o que não deu condições para que a entidade se estabelecesse definitivamente. “Eles têm, aproximadamente, R$ 13 milhões para pagar ao aeroclube, mas, até agora, não recebemos nada”, comentou Bandeira. Ele explica que a doação do terreno estava condicionava a PCR a indenizar o Aeroclube de Pernambuco, conforme a Lei nº 15.148 de 13 de novembro de 2013. “Já conversei com Geraldo Júlio, mas ele ainda não nos pagou”, lamentou.
Apesar de a publicação ter saído no DOU, na manhã desta quarta-feira, a assessoria de Imprensa da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Recife informou, por meio de nota, que o horário em que foi procurada, “às 18h40 para tratar do assunto relacionado ao pagamento pela desapropriação da área do Aeroclube de Pernambuco”, impossibilitou o acesso ao processo para responder sobre a dívida.
Desde que o Aeroclube de Pernambuco saiu do Pina, os sócios remanescentes da entidade decidiram alugar uma casa no bairro de Boa Viagem como sede provisória, comunicando à Anac sobre a mudança. “Mas, quando formos solicitar a licença, a Prefeitura do Recife alegou que não podíamos permanecer lá, pois estávamos dentro da zona de ruído do Aeroporto do Recife”, afirmou Bandeira. Isso fez com que a entidade informasse sobre a nova realocação da sede. “Como a Anac ainda não realizou a vistoria na nova sede provisória, localizada no bairro da Boa Vista, acabou suspendendo os cursos. “A Anac entendeu que o Aeroclube não tem uma base estabelecida e só deve liberar as atividades após autorizar o novo local”.
Folha de Pernambuco

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