Nervoso, Sport perde do Flamengo e vê fim de invencibilidade de 30 jogos em casa
Desde 1987, Sport e Flamengo possuem a maior rivalidade entre clubes fora dos seus estados e regiões
Placar de 1 a 0 ficou barato para o Leão, que teve Samuel Xavier expulso
Desde 1987, Sport e Flamengo possuem a maior rivalidade entre clubes fora dos seus estados e regiões. Rivalidade essa alimentada a cada nova polêmica. A última ocorrida no jogo entre os dois no Maracanã, no primeiro turno, com os pernambucanos reclamando de falta de “fair play” por parte dos cariocas no lance que originou o empate por 2 a 2. Por tudo isso, mesmo com os times fazendo campanhas distintas no Brasileiro, a Arena Pernambuco viveu um dia de panela de pressão. Pior para o Leão, que “pilhado” na emoção da torcida e excessivamente nervoso, foi dominado pelo rival durante a maior parte do jogo.
O gol do Flamengo, logo aos quatro minutos do primeiro tempo contribuiu ainda mais por isso. E fruto de uma falha recorrente da defesa do Sport: as bolas áreas. Após Pará receber com liberdade, Everton subiu com liberdade na pequena área leonina e estufou as redes de Danilo Fernandes.
Outro exemplo do estado de nervos de time e torcida do Sport aconteceu aos 12 minutos. Após o Flamengo colocar uma bola para fora de propósito para atendimento médico de um jogador, os torcedores do Sport, lembrando o jogo do Maracanã, pediram para o time não devolver a bola aos cariocas, o que só foi feito após os donos da casa hesitarem por um momento.
No momento em que colocou os nervos no lugar, o Sport conseguiu criar. Mesmo com os homens de criação do time (Marlone, Diego Souza e Maikon Leite) apagados. E o empate só não veio graças a uma linda defesa de Paulo Victor em chute de Wendel e do travessão, em cabeçada de Matheus Ferraz. Porém, o nervosismo voltou a atrapalhar.
Aos 23 minutos, Samuel Xavier foi expulso após levanta a sola do pé na altura do joelho de Alan Patrick no meio de campo. Em lance completamente desnecessário. Com um a menos, o Flamengo voltou a dominar a partida. E só não ampliou porque Renê chegou antes de Kayke salvado um gol certo dos cariocas, após rebote de Danilo Fernandes.
Segundo tempo
No retorno para a etapa final, o técnico Eduardo Baptista queimou as suas últimas duas substituições, com André na vaga do Brocador e Élber substituindo Diego Souza, que por reclamação havia sido advertido com cartão amarelo. As mudanças não deram certo e o Sport passou a ter, além do emocional abalado, um deserto de criatividade no meio. Melhor para o Flamengo, que por pouco não amplia logo aos três minutos, com Kayke.
O único lance digno de registro do Sport no segundo tempo só veio aos 13 minutos. Em mais um exemplo de desequilíbrio de time e torcida, que xingou bastante o lateral Renê após colocar a bola de proposito para fora para atendimento do atacante Everton, do Flamengo.
Em campo, o jogador pedia mais vaias. E era atendido. Mas também seguia salvando o Leão, após travar chute de Alan Patrick, após erro de Rithely na saída de bola.
A essa altura, com o Sport totalmente entregue e com jogo totalmente a seu favor, o Flamengo seguia criando como queria e perdendo gols incríveis, como o de Alan Patrick, livre e de frente para a meta, aos 40 minutos. E com Danilo Fernandes fazendo seu milagre habitual aos 39 em novo lance com Alan Patrick. Ficou barato.
Ficha de jogo
Sport
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Marlone (Ferrugem), Diego Souza (Élber) e Maikon Leite; Hernane (André). Técnico: Eduardo Baptista.
Flamengo
Paulo Victor; Pará, César Martins, Samir e Jorge; Márcio Araújo, Canteros, Alan Patrick, Everton (Luiz Antônio); Emerson Sheik (Paulinho) e Kayke (Marcelo Cirino). Técnico: Oswaldo de Oliveira
Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC). Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa -SP) e Carlos Berkenbrock (SC). Gol: Everton (4 min do 1º). Cartões amarelos: Diego Souza (S), Canteros, Kayke, Pará, Emerson Sheik, César Martins (F). Expulsão: Samuel Xavier (S).
Diario de Pernambuco
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