BRASILEIRO SÉRIE B - EM BUSCA DE VITÓRIA FORA DE CASA

Santa Cruz visita o Vitória embalado por três pilares da reação do clube na Série B 2015

Pilares da reação, Martelotte, Grafite e Tiago Cardoso são referências no Santa Cruz

Marcelo Martelotte, 'nova' defesa e efeito Grafite fazem time desejar o G4

O rumo do Santa Cruz na Série B começou a ser alterado no dia 19 de junho. Diante do Ceará, no Castelão, Marcelo Martelotte retomava o comando do time coral. Ali, o Tricolor ainda estava com os olhos voltados para a zona de rebaixamento. No fim do jogo, o empate em 3 a 3. Mais do que o resultado, estava sacramentado o recomeço do clube na temporada. Uma nova onda de otimismo que passou pelo novo treinador, com um sistema defensivo mais ajustado com a volta de Tiago Cardoso e, mais recentemente, com a chegada de uma referência técnica e de marketing para o clube, o atacante Grafite. Eles são as caras que resumem a evolução da equipe. Diante do Vitória, às 19h de hoje, no Barradão, o novo Tricolor encara o Vitória com uma meta agora palpável: a luta pelo acesso. 
A mudança de filosofia
Marcelo Martelotte mudou taticamente a equipe. Do tradicional 4-4-2, o time passou a adotar um dos esquemas mais utilizados no futebol na atualidade: o 4-2-3-1, com dois pontas abertos no ataque e um homem mais centralizado. Em 11 jogos, o treinador conseguiu vencer sete vezes e empatou outras duas. Além da nova filosofia em campo, o comandante trouxe um clima mais ameno entre funcionários e jogadores depois da saída de Ricardinho. 
A nova defesa
Nessa retomada, o Santa Cruz também passou por ajustes importantes na defesa. Considerado inseguro na temporada, o setor contou com sete duplas de zaga. Mas, atuando em seis das últimas sete partidas, Danny Morais e Neris passaram a ter uma sequência e melhoraram o setor - ainda que não seja da maneira ideal. Aliado a isso, um reforço de peso. O ídolo Tiago Cardoso retornou. Desde então, foram seis jogos disputados e apenas três gols sofridos. 
O efeito Grafite
A chegada de Grafite trouxe a grande onda de otimismo para o Santa Cruz. Dentro e fora de campo. Em dois jogos, o atacante virou a referência ofensiva, marcou dois gols e foi além do que se esperava no aspecto físico. Suportou o jogo inteiro na última rodada mesmo ainda buscando a condição ideal. Fora das quatro linhas, virou a cara do novo tratamento dado ao marketing coral e ajudou o clube a bater a meta de dez mil sócio. Fato que representa um aumento de 130% no quadro.
Cenários para o Santa Cruz no fechamento do “turno” da Série B
O melhor cenário
Não há como o Santa terminar a rodada no G4. O que pode alcançar no máximo é uma quinta colocação. Para isso, precisa ganhar e torcer para uma derrota do Sampaio Corrêa para o Paraná, mas tirando uma diferença de três gols no saldo em relação ao time maranhense. Além de torcer para que o Náutico não pontue diante do Bragantino.
O pior cenário
Se tudo der errado para o Santa Cruz na rodada, a equipe coral terminará a rodada na décima colocação. Para tanto, o Tricolor precisa perder no Barradão e que Sampaio Corrêa, Paysandu, Criciúma e Bragantino ganhem, respectivamente, do Paraná, Oeste, CRB e Náutico.

Ficha do jogo
Vitória
Gatito Fernández; Diogo Mateus, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan; Amaral, Flávio, Pedro Ken e Escudero; Rogério e Elton
Técnico: Vagner Mancini
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vitor, Danny Morais, Neris e Marlon; Wellington, Bileu, Lelê, João Paulo e Anderson Aquino; Grafite. Técnico: Marcelo Martelotte.
Local: estádio Barradão (Salvador)
Horário:  19h
Árbitro: Luis Teixeira Rocha (RS)
Assistentes: Elio Nepomuceno de Andrade Júnior (RS) e Eric Nunes Costa (RS)

Diario de Pernambuco