FHC age como líder de torcida, diz Humberto
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou nesta segunda-feira (17) a declaração do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em que sugere a renúncia da presidente Dilma Rousseff, como um "grave equívoco", "demonstração de ressentimento e inveja" e que revela uma "pequenez política" por parte do tucano, que age como "líder de torcida".
"É um grave equívoco. Se um governo que está mal avaliado e enfrentando uma crise econômica tivesse que renunciar, Fernando Henrique também o deveria ter feito quando foi presidente. Ele também enfrentou uma grave crise econômica, pior do que a enfrentada agora e também haviam muitas denúncias de corrupção envolvendo as privatizações", disse o petista.
No seu mais duro recado à presidente Dilma e ao PT, FHC afirmou que o mais significativo das demonstrações deste domingo (16) é a persistência do sentimento popular de que o governo, "embora legal, é ilegítimo". O tucano vai além e diz que Dilma precisa ter "um gesto de grandeza" e cita a renúncia como um dos caminho disponíveis à petista.
"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo", prevê o tucano. Ele diz que falta ao atual governo a "base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo".
"A fala dele revela uma pequenez política porque um ex-presidente deveria estar contribuindo para melhorar o país. Ele deveria mostrar uma postura de estadista mas está parecendo mais um chefe de torcida", disse.
Para o petista, as manifestações mostraram que a tese do impeachment perdeu força porque as pessoas perceberam que não fundamentos legais, ainda, para a condução de um processo do tipo. "Já que não pode ter o impeachment, eles querem agora aumentar a pressão pela renúncia. É lamentável", disse.
O senador minimizou o fato de o foco das manifestações ter se concentrado em Dilma e no ex-presidente Lula. Para ele, a carga deve aumentar ainda mais em relação ao ex-presidente nas próximas manifestações porque "Dilma não é mais candidata".
Da Folha de .Paulo
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