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quarta-feira, 29 de julho de 2015

TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

Transposição pode entrar em nova fase

Testes incluem captação da água do rio e início de uma estação de bombeamento


Nove anos depois de iniciadas, as obras o Projeto de Integração do São Francisco de­vem entrar em uma nova e importante fase. Está prevista para o próximo mês a entrega do primeiro trecho do Eixo Norte da Transposição. Os testes incluem a captação da água do rio, que será direcionada ao primeiro reservatório, além do início da operação de uma estação de bombeamento. A expectativa é de que a água ocupe os 30 primeiros quilômetros (km), ou seja, apenas 7,5% do canal responsável por abastecer, quatro rios, três sub-bacias e dois açudes em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
A “inauguração” do Eixo Norte foi uma promessa do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, ontem durante a posse do novo presidente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), João Paulo de Lima. Segundo Occhi, os ajustes finais estão sendo realizados para que tudo saia perfeitamente, ao contrário do que aconteceu com os testes do Eixo Leste, há dez meses, que apresentou problemas semanas depois. “Vamos estabelecer com a presidenta uma data para fazer o primeiro bombeamento. Quanto ao Eixo Les­te ele está funcionando”.
Mesmo com as restrições orçamentárias do Governo Federal, que tem comprometido grandes obras de infraestrutura, pelas contas do ministro, a Transposição está evoluindo 1,2% a cada mês e, atualmente, atinge 78% de conclusão. Com essa velocidade, Occhi assegura que o projeto será entregue no início de 2017. “Não temos um problema de fluxo financeiro na Transposição, tanto que a Mendes Júnior está aumentando gradativamente a execução. Não tenho dúvidas que todas as empresas responsáveis irão cumprir o cronograma e vamos entregar essa obra gradativamente a partir do mês que vem”.
De R$ 4,8 bilhões para os atuais R$ 8,2 bilhões os custos da Transposição podem aumentar ainda mais até o fim do novo cronograma. O ministro não descarta uma revisão no orçamento nos dois anos finais. “A revisão do preço da obra depende de uma série de questões que estão previstas contratualmente. Aquilo que estiver no contrato vamos fazer. Acredito que a obra vai continuar. Aliás é a única que tenho conhecimento de que as faturas estão em dia”, ponderou Occhi. “Este ano, liberamos, até agora, R$ 1 bilhão, em nenhum dos últimos cinco anos houve liberações de recursos dessa natureza”.
Ministro Occhi garante repasses
Uma das obras que mais refletiu a queda no repasse federal desde 2014, a Adutora do Agreste deve, pelo menos até o fim do ano, retomar a regularidade na sua execução, segundo o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Ele prometeu dar continuidade ao cronograma de desembolso mensal de R$ 10 milhões para a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) continuar tocando o empreendimento, considerado essencial para a segurança hídrica de 68 cidades e Pernambuco e da Paraíba.
Do total de R$ 1,2 bilhão, apenas R$ 413 milhões, até maio, foram liberados para a primeira etapa. O ministro Occhi garantiu o investimento de mais R$ 1,07 bilhão pelo Governo Federal no sistema adutor, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O montante, de acordo com ele, será empregado na conclusão da primeira etapa, abastecendo os primeiros 17 municípios, e na implantação da primeira fase da segunda etapa do empreendimento.
A Adutora do Agreste terá, ao todo, 1,3 mil quilômetros (km) de tubulações e conduzirá 4 mil litros de água por segundo, beneficiando dois milhões de pessoas. A primeira etapa, que deveria ter sido entregue no mês passado, só deve ser concluída no ano que vem. No entanto, o sistema dependerá do Ramal do Agreste, uma derivação do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. A previsão era de que o canal de 71 km também fosse entregue este ano. O novo prazo é de 24 meses após o início das obras, ainda sem data.
    “Temos um entendimento com o Governo de Pernambuco que aqui tem três obras fundamentais e que vamos continuar a fazer liberações médias tanto para a Adutora do Agreste, quanto para a (segunda etapa) do Pajeú”, afirmou Occhi. “Estamos finalizando o processo de licitação do ramal para dá a ordem de serviço”, acrescentou o ministro.

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