Empreiteiro pediu propina em nome de Lobão
Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez preso na 16ª fase da Lava Jato, afirmou em depoimento prestado, hoje, em Curitiba, que o empreiteiro Ricardo Pessoa lhe pediu propina em nome do ex-ministro de Minas e Energia e senador Edison Lobão (PMDB). O advogado de Barra, Roberto Telhada, confirmou a versão.
De acordo com a defesa, o pedido da "contribuição" foi feito por Pessoa, dono da UTC preso na sétima fase da Lava Jato, em uma reunião referente a obras de Angra 3, em agosto de 2014. Lobão, à época, ainda era ministro.
O advogado ressaltou que seu cliente negou o pagamento da propina e não confirmou qual foi a quantia pedida. A defesa de Lobão informou que não tem conhecimento sobre o depoimento e, por isso, prefere não se manifestar sobre o depoimento.
Barra é presidente global da AG Energia, controlada pelo grupo Andrade Gutierrez. Ele foi detido no Rio de Janeiro, no mesmo dia em que também foi preso Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear.
Ambos são investigados por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção nas obras da usina nuclear de Angra 3, localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. No mesmo dia da prisão, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, solicitou o bloqueio de R$ 20 milhões dos dois presos.
Como a prisão de Barra é temporária, ela vence no sábado. Entretanto, a Justiça pode prorrogá-la por mais cinco dias ou transformá-la em preventiva, que é por tempo indeterminado. O diretor-presidente da Eletronuclear deve prestar depoimento à PF na tarde desta quinta, de acordo com a corporação.
Do G1
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