Judocas brilham e Brasil estreia no Pan com 4 medalhas
Os judocas salvaram o dia, após desilusões no ciclismo BMX, saltos ornamentais e no nado sincronizado
Carro-chefe do projeto olímpico brasileiro, o judô rendeu ao país uma medalha de cada cor no primeiro dia de competição dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, neste sábado, enquanto a equipe masculina de ginástica artística conquistou a prata.
Os judocas salvaram o dia, marcado por desilusões no ciclismo BMX, nos saltos ornamentais e no nado sincronizado, modalidades nas quais brasileiros ficaram em quarto lugar, na beira do pódio.
A primeira medalha de ouro do Brasil em Toronto veio no tatame, com Érika Miranda (até 52 kg), que venceu sua primeira grande competição internacional, depois de ficar com a prata nas últimas duas edições do Pan.
Felipe Kitadai (até 60 kg) ficou com a prata e Nathália Brígida (até 58 kg) levou o bronze.
Ippon devastador
Érika, de 28 anos, subiu ao lugar mais alto do pódio ao superar na final da canadense Ecaterina Guica.
Em apenas 44 segundos de luta, a brasiliense derrubou a adversária duas vezes, a primeira com wazari a segunda com um ippon espetacular.
Dona de duas medalhas de prata (uma por equipes) e outra de bronze em Mundiais, Érika sonha agora em subir pela primeira vez ao pódio olímpico no ano que vem, no Rio.
Mais cedo, Nathalia Brígida conquistou de fato a primeira medalha do Brasil em Toronto.
Substituta da atual campeã olímpica Sarah Menezes, que não viajou ao Canadá por falta de resultados expressivos neste ano, a jovem de 22 anos perdeu para a argentina Paula Pareto na segunda rodada, mas conseguiu vencer a equatoriana Diana Cobos por yuko na repescagem para garantir o bronze.
No masculino, Felipe Kitadai, que foi medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, defendia o título conquistado há quatro anos, em Guadalajara, mas acabou ficando com a prata, ao ser derrotado por ippon pelo equatoriano Lenin Preciado na decisão pelo ouro.
O judô brasileiro traçou uma meta ambiciosa para este Pan: conquistar medalha em cada uma das 14 categorias, e vem, por enquanto, correspondendo às expectativas.
Zanetti comanda ginastas rumo à prata
Na ginástica, o principal objetivo era fazer bonito na prova por equipes.
Arthur Zanetti, Caio Souza, Arthur Nory, Lucas Bitencourt e Francisco Barreto corresponderam às expectativas, ao ficar em segundo lugar, atrás apenas dos favoritos Estados Unidos.
Além da prata deste sábado, ainda há fortes chances de ouro com Zanetti, atual campeão olímpico e maior estrela da delegação brasileira neste Pan, que obteve, sem surpresas, o melho desempenho nas argolas.
Caio Souza e Lucas Bitencourt garantiram sua vaga para a competição individual geral, ao terminar o dia em 5ª a 7ª, respectivamente, e haverá representantes do Brasil em todas as disputas por aparelhos.
No Centro Aquático de Toronto, os brasileiros bateram na trave. Caio Castro terminou em quarto lugar do trampolim de 3 metros dos saltos ornamentais, num pódio dominado pelos mexicanos Rommel Pacheco e Jahir Ocampo (ouro e prata).
Futebol feminino atropela
No nado sincronizado, o Brasil amargou dois quartos lugares, no dueto e na prova por equipes.
Aconteceu o mesmo no BMX: Ezequiel de Souza também ficou na beira do pódio, ao ficar em quarto lugar no masculino, assim como Priscila Carnaval, no feminino.
Na patinação artística, Marcelo Sturmer deu um passo importante rumo ao ouro ao ficar em primeiro lugar do programa curto.
Nos esportes coletivos, este sábado foi marcado pela estreia vitoriosa da seleção feminina de futebol, que atropelou a Costa Rica por 3 a 0, com um gol da veterana Formiga.
As meninas do Brasil também venceram no Polo Aquático, ao superar Porto Rico por 17 a 10, depois de empatar em 7 a 7 com o Canadá na estreia e massacrar a Venezuela por 18 a 1 na segunda rodada.
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