Em jogo cheio de emoções, Náutico vence o Vitória de virada por 2 a 1 e volta a figurar no G4
Técnico alvirrubro comemorou de forma efusiva, com a torcida, mais uma vitória em casa, bem à sua maneira
Partida foi tensa e disputada, mas terminou com festa da torcida alvirrubra
O jogo começou com a sensação que O Náutico seria o dono da partida. O Timbu tocava a bola mais no campo de ataque do que na defesa. Contudo, com menos de cinco minutos, o ímpeto alvirrubro foi por água abaixo. João Ananias afastou mal a bola e com apenas um toque Escudero deixou Rhayner livre dentro da área. Júlio César nada pode fazer e o atacante marcou seu primeiro gol diante da torcida alvirrubra, algo que nunca fez durante sua passagem pelo Timbu.
Saindo atrás no placar pela primeira vez na Arena Pernambuco durante a Série B, o Náutico tinha que reagir e o árbitro Elmo Alves Resende Cunha começou a aparecer mais do que deveria. Sem interferir em muito lances, a partida começou a ficar mais dura. O primeiro sinal que a tarde poderia não ser das melhores para o Náutico foi aos oito minutos, quando o atacante Douglas se enroscou com o zagueiro Guilherme Mattis e foi derrubado sem bola na área. O árbitro mandou o lance seguir e despertou a ira dos alvirrubros.
Aos 15 minutos, mais polêmica. Douglas cabeceou a bola e Ednei interrompeu a trajetória com a mão. Elmo Alves Resende Cunha mais uma vez nada marcou. Douglas ria sem parecer acreditar e Lisca se conteve no banco de reservas.
O lance capital da partida ocorreu aos 28 minutos e interrompeu o jogo por quase cinco minutos. Após Rhayner se desentender com Hilltinho, Gaston e Elton se meteram no lance e começaram a trocar empurrões. Ambos receberam cartão amarelo, mas prosseguiram com o desentendimento. No lance seguinte se empurraram novamente e o árbitro expulsou os dois atletas. Pivô no início da confusão, o atacante Rhayner passou ileso e ainda fez gestos obscenos para a torcida alvirrubra. O curioso de toda esta confusão é que o técnico Lisca sentou no banco de reservas e só se levantou quando os atletas estavam expulsos.
A partida prosseguiu, mas o Náutico parecia ter sentido a saída do seu jogador. O time demorou alguns minutos para reencontrar o ritmo, mas quando o fez, poderia ter sido letal. Em contra-ataque, João Ananias recebeu de Hiltinho ainda no meio de campo e arrancou livre em direção ao gol de Fernando Miguel. A chance que parecia ser um gol certo, transformou-se em decepção. O camisa cinco chutou para fora e parecia não acreditar no que fez. O Timbu ainda teria mais uma chance antes do fim do primeiro tempo quando Gil Mineiro recebeu dentro da área e chutou em cima de Ednei.
A ida para o intervalo deveria ser calma, mas as vaias dos torcedores para a arbitragem e para Rhayner esquentaram o clima na Arena Pernambuco. O atacante do Vitória saiu de campo xingando a torcida alvirrubra e foi contido por um membro da comissão técnica do Vitória.
Segundo tempo
Lisca não mexeu novamente na equipe. Já havia perdido Rogerinho por lesão no primeiro tempo e apenas mudou o esquema do Timbu. Em uma espécie de 3-2-1-3, o treinador esperava que com Hiltinho e Carmona aberto nas pontas, Douglas pudesse receber mais bolas. O esquema não mostrou tanto efeito no início e a única mudança em campo foi no gol do Vitória, já que o goleiro Fernando Miguel sentiu uma lesão na coxa e teve que ser substituído.
O uruguaio Roberto Férnandez entrou no jogo e antes de fazer sua primeira defesa, teve que tentar defender um pênalti. Douglas foi derrubado na área por Ednei e foi para cobrança. O goleiro até acertou o canto, mas o atacante conseguiu marcar seu sexto gol na Série B e empatar o placar.
O gol empolgou o Timbu. A equipe foi para cima e Hiltinho teve tudo para virar o jogo, mas perdeu uam chance incrível. O Vitória tentou responder. Continuou a investir nos contra-ataques e quase conseguiu empatar após outro erro de passe de João Ananias. A sorte do volante foi que o goleiro Júlio César fez grande defesa.
O Náutico continuou a investir e Josimar, que havia entrado minutos antes, teve grande chance. Livre, recebeu bola dentro da área e tentou encobrir o goleiro. Não conseguiu e levou a torcida à loucura. Mas a sorte havia mudado de lado. O Timbu atacava mais e queria a vitória a todo custo e o Vitória começoui a ajudar. O lateral Mansur reclamou muito com o árbitro por ter recebido o cartão amarelo, foi expulso.
Com um a mais o Náutico não demorou para aprovitar a vantagem numérica. Em um lance em que a defesa do Vitória poderia ter afastado a bola com facilidade, permitiram que Rafael Pereira, estreante da tarde, dominasse a bola livre na área. O defensor driblou um adversário e chutou no canto direito do goleiro. Virada e comemoração com o técnico Lisca.
Mesmo com um homem a mais, a aplicação alvirrubtra para virar o jogo parecia ter cobrado seu preço. Cansados, os atletas do Náutico sofreram até o fim da partida para conseguir segurar os ataques dos baianos. A consequência foram pelo menos três boas defesas de Júlio César. O necessário para garantir a vitória e os três pontos.
Ficha do Jogo
Náutico 2
Júlio César; Guilherme (Josimar, aos 20’ do 2ºT), Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gaston; João Ananias, Marino, Gil Mineiro (Rafael Pereira, aos 24’ do 2ºT) e Hiltinho; Douglas e Rogerinho (Pedro Carmona, aos 27’ do 1ºT) . Técnico:Lisca.
Vitória 1
Fernando Miguel (Roberto Férnandez, aos 7’ do 2ºT), Diego Renan, Ednei, Guilherme Mattis e Mansur; Amaral, Flavio (Robert, aos 20’ do 2ºT) , Pedro Ken (Marcelo Mattos, aos 31’ do 2ºT) e Escudero; Rhayner e Elton. Técnico:Vagner Mancini.
Estádio: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Horário: 16h30. Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO). Assistentes: Cristhian Passos Sorence e Bruno Raphael Pires (Ambos de Goiás). Gols: Douglas (aos 10’ do 2ºT) e Rafael Pereira (28’ do 2ºT); Rhayner (aos 5’ do 1ºT) (VIT). Cartões amarelos: Diego Renan, Elton, Ednei, Mansur e Guilherme Mattis(VIT); Gaston (NAU). Expulsões: Gaston (NAU); Elton e Mansur (VIT). Público: 7.848.Renda: R$ 142.220,00
Diario de Pernambuco
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