Contra o Goiás, Rithely completa 200 partidas com a camisa do Sport
Rithely (E) é um dos destaques do Sport neste Brasileirão JC Imagem
Antes de a bola rolar, volante será homenageado com uma placa
O volante Rithely vai completar 200 partidas com a camisa do Sport nesta quinta-feira (4), quando os rubro-negros encaram o Goiás, às 21h, na Ilha do Retiro, pela quinta rodada do Brasileirão. Antes de a bola rolar, o jogador será homenageado com uma placa. Rithely concedeu entrevista ao site oficial do Sport. Veja abaixo alguns trechos:
Chegada ao Sport
No começo tudo era diferente pra mim. Parecia outra vida. Eu não me acostumava com a comida, o jeito de falar das pessoas aqui era muito estranho. O que me fez vir mesmo foi o Hélio, pois ele já me conhecia desde cedo. Eu sabia que ele ia me dar pelo menos algumas oportunidades e eu tinha que aproveitá-las. Porque você pode ser o melhor do mundo, mas se não tiver chance não vai conseguir mostrar seu trabalho. Eu coloquei na minha cabeça que tinha que arrebentar quando ele me colocasse pra jogar. Fiz 27 jogos no meu primeiro ano. Querendo ou não foi uma média muito boa, até porque eu só tinha 20 anos.
Campanha "Faz o gol, Rithely"
A torcida começou a pegar no meu pé porque eu errava alguns passes. E em 2012 passei a perder alguns gols. Saiu até uma matéria "Faz o gol Rithely". Era eu e o Rhayner, do Náutico, que não fazia gol de jeito nenhum. Lembro até hoje dessa matéria. Até que fiz um gol contra o Cruzeiro, depois de um longo tempo sem marcar. Até então, só tinha feito gol na minha estreia. Nesse ano ainda fiz contra a Ponte e o Inter no Brasileirão.
Gol mais importante
O gol que mais marcou foi o contra o Cruzeiro mesmo, no Campeonato Brasileiro, porque a torcida já estava me pressionando muito pelo gol. Esse foi bem marcante, até pela beleza. A gente estava perdendo de 1x0 e eu empatei o jogo. Depois conseguimos virar o placar. Esse gol foi muito bonito, lembro bastante. Foi muito legal.
Momentos marcantes no Leão
Sem dúvida, foram as conquistas dos dois títulos no ano passado e também o acesso à Série A em 2011, pela forma que foi. Faltavam cinco rodadas e ninguém acreditava no Sport. Na última rodada, a gente precisava da vitória, e chovia muito, o campo estava bastante encharcado. Minha família estava toda lá em Goiânia. No final do jogo não sei de onde meu irmão apareceu no campo. Ele pulou o alambrado e veio me encontrar. Eu falei: O que você está fazendo aqui, maluco? Ele disse que não aguentou e pulou o alambrado para comemorar comigo. Foi muito louco esse jogo, muito fera.
O que mudou desde a chegada ao Sport
Estou muito mudado. Você começa a perceber coisas que eu achava bobeira. Eu queria ter a cabeça que tenho hoje quando virei profissional no Goiás. Mas não adianta. Você tem que aprender com a vida mesmo. Você tem que passar por etapas e seguir evoluindo. Hoje me vejo em outra vida, outro mundo. Dentro de campo também. Na questão do posicionamento, por exemplo. O Mancini (ex-treinador do Leão), foi um cara que me ajudou nisso. Eu errava passe porque estava mal posicionado. Ele pedia pra eu prestar atenção no Renan Teixeira. Ele já não tinha mais a mesma força, mas a qualidade de passe dele era muito grande. Você começa a treinar com esses caras e vai observando. O bom posicionamento no campo é fundamental.
Anseios na carreira
Eu falo até pra minha mãe que sou muito grato a Deus por tudo que ele me deu. Não fico vislumbrando muito, querendo chegar no Real Madrid ou na Seleção. O que eu quero no momento é conquistar um título de expressão. Um campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil, pra ficar marcado de vez na história do Sport. Depois disso quem sabe não aparece uma oportunidade na Seleção. Mas é um passo de cada vez.
Torcida rubro-negra
A torcida do Sport significa pra mim amor, paixão. Os caras preferem muito mais um carrinho do que um chápeu ou uma caneta. É um time de massa. Eles gostam de luta. Que os jogadores se entreguem ali, saiam mortos de campo. Você pode até empatar ou perder o jogo. Mas se eles verem a dedicação, vão aplaudir no final, como já aconteceu várias vezes. E nas ruas, o carinho comigo é bem legal. Fruto de um trabalho que está sendo bem feito.
200 jogos
Com a minha idade chegar a 200 jogos num grande clube como o Sport é muito difícil. Hoje em dia as coisas acontecem muito rápidas. Os jogadores mudam de clube o tempo todo. Eu vejo uns atletas com a minha idade que já jogaram por 10 clubes, enquanto eu só em dois. Então pra mim é uma marca importantíssima. Quando iniciei a carreira não imaginava que ia chegar a tal marca tão cedo. É maravilhoso, fantástico. Só tenho a agradecer tudo que o Sport fez por mim até hoje, e às pessoas que acreditaram em mim. Se não fosse o Sport eu não seria conhecido como sou hoje. Devo muito a essa camisa, que é uma grande vitrine pra mim.
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