Ex-executivo relata suborno na escolha de sedes das Copas de 1998 e 2010
O documento de 40 páginas foi disponibilizado nesta quarta-feira (3), um dia depois de o presidente da Fifa, Joseph Blatter, 79, abdicar do seu mandato Foto: FABRICE COFFRINI/ AFP
Em 1992, a França ganhou o direito de organizar o Mundial ao derrotar Marrocos por 12 votos a 7. A Suíça também participou do processo seletivo, mas não teve sua candidatura aprovada pela Fifa
Ex-integrante do comitê executivo da Fifa, o norte-americano Chuck Blazer afirmou em depoimento à Justiça dos EUA que houve pagamento de propinas nas escolhas das sedes da Copa do Mundo de 1998, na França, e 2010, na África do Sul.
O documento de 40 páginas foi disponibilizado nesta quarta-feira (3), um dia depois de o presidente da Fifa, Joseph Blatter, 79, abdicar do seu mandato e convocar nova eleição na entidade em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol.
No depoimento, Blazer admitiu ter "trabalhado para facilitar a aceitação de suborno na seleção do país-sede da Copa do Mundo de 1998".
O norte-americano, no entanto, não cita qual candidatura seria a responsável pela tentativa de comprar votos.
Em 1992, a França ganhou o direito de organizar o Mundial ao derrotar Marrocos por 12 votos a 7. A Suíça também participou do processo seletivo, mas não teve sua candidatura aprovada pela Fifa.
Sobre a escolha da sede da Copa de 2010, Blazer foi mais enfático e disse que não apenas ele, mas também outros membros do comitê executivo, foram pagos para votar na África do Sul como sede.
"Começando em [ou por volta de] 2004 e continuando até 2011, eu e outros no comitê executivo da Fifa concordamos em aceitar suborno em conjunção com a escolha da África do Sul como país sede da Copa do Mundo de 2010. Entre outras coisas, minhas ações descritas acima tinham participantes e resultados comuns."
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