Centrais vão ao Congresso barrar veto de Dilma
Duas centrais sindicais, a Força Sindical e a UGT, se posicionaram contra o veto da presidente Dilma Rousseff à fórmula 85/95, alternativa ao fator previdenciário aprovada pelo Congresso, e prometem fazer pressão nos parlamentares para derrubar a decisão. Procuradas, as demais centrais ainda não se posicionaram sobre o veto.
Dilma avisou aos presidentes do Senado e da Câmara e às centrais sindicais nesta quarta-feira (17) que vetaria a fórmula, segundo reportagem da Folha, e que editaria uma medida provisória que prevê uma fórmula progressiva para o cálculo das aposentadorias.
Para a Força Sindical, o governo demonstrou "total insensibilidade social" e "mais uma vez perde uma ótima oportunidade de ampliar os direitos dos trabalhadores".
"Só há um caminho agora: derrubar o veto", disse Miguel Torrres, presidente da Força Sindical. "A presidente rompeu novamente com uma promessa que havia feito desde a campanha eleitoral aos trabalhadores, que a fórmula 85/95 era uma reivindicação justa das centrais".
Ricardo Patah, presidente da UGT, disse que vai propor às demais centrais que deixem o fórum da Previdência, recém-criado pelo governo para discutir alternativas para as questões previdenciárias, em reação ao veto da fórmula 85/95.
"Essa decisão mostra um desrespeito do governo com quem sempre trabalhou e contribuiu para a Previdência. A fórmula 85/95 era uma alternativa ao fator previdenciário, que achata entre 30% e 40% os benefícios dos aposentados", disse Patah.
Da Folha de S.Paulo
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