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quarta-feira, 27 de maio de 2015

TIROU O CORPO FORA

CBF promete apoiar investigação e 'esquece' Marin: 'Nova gestão começou em abril'

Del Nero disse que a entidade aguardará, de forma responsável, sua conclusão (da investigação)

Entidade tenta dissociar a atual diretoria das acusações ao presidente anterior


A CBF se manifestou no fim da manhã desta quarta-feira sobre a prisão de seu ex-presidente e atual vice-presidente José Maria Marin, acusado de participação em um escândalo de corrupção investigado pela Justiça dos Estados Unidos. Em comunicado oficial, a entidade prometeu ajudar na investigação, mas fez questão de dissociar o atual corpo diretivo da entidade das acusações.
A posição da CBF segue a linha do que foi dito pelo seu atual presidente, Marco Polo del Nero. Em entrevista momentos depois da prisão, o dirigente se mostrou irritado e saiu em defesa do acusado, seu padrinho na entidade, ao afirmar que os contratos investigados haviam sido "firmados antes da administração de Marin”.

"Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação", afirmou a entidade em comunicado, antes de garantir a idoneidade da atual gestão de Del Nero.
"A entidade aguardará, de forma responsável, sua conclusão (da investigação), sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente. A nova gestão da CBF, iniciada no dia 16 de abril de 2015, reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência", apontou.
A prisão de José Maria Marin fez parte de uma extensa investigação norte-americana, que resultou no indiciamento de outras 13 pessoas ligadas ao futebol. Nomes como o vice-presidente da Fifa Jeffrey Webb, os ex-presidentes da Conmebol Nicolás Leoz e Eugenio Figueredo e o ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner estão entre os investigados por diversos crimes, como conspiração para levar dinheiro, extorsão e fraude eletrônica, em um esquema com 24 anos de duração e com pagamento de subornos superiores a US$ 150 milhões (mais de R$ 470 milhões).


 Agência Estado


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