Licença para construir Arena do Sport expira em maio e presidente tenta investidor estrangeiro
"Não vou dar qualquer rumo à Ilha sem conversar com a comissão antes", afirmou o presidente
Martorelli se mostrou confiante em estender liberação por mais um ano
Interrogação agravada ainda mais pelo fim do prazo de licença da obra, concedida pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). A liberação para a construção expira no próximo dia 17 de maio. "Mas já estamos renovando essa licença do projeto. Já estamos com a documentação em mãos, pronta, para renovar por mais um ano", tranquilizou Martorelli. O projeto para a construção da Arena foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube em 2011. Desde então, o Sport vem correndo contra o tempo para dar início ao projeto.
Com a saída da Engevix, empresa que por muito pouco não se tornou parceira na construção do empreendimento (a desistência veio em outubro do ano passado), o presidente passou a ter pela frente o desafio de buscar um novo investidor em um cenário desfavorável no país. "Não tenho expectativa razoável de que encontremos investidores no Brasil para fazer a Arena do Sport. Não pelo projeto em si, mas pelo cenário econômico que vivemos, sobretudo diante do quadro de terra arrasada que é a política das arenas pós-Copa", disse.
Europa
Por isso, Martorelli foi à Holanda e à França em abril, onde se encontrou com algumas empresas acostumadas a trabalhar com arenas mundo afora. "Tenho três conversas abertas fora daqui com empresas interessadas em fazer a arena. Eles estão estudando, ficaram interessados, e ficaram de fazer as propostas. Lá fora, o dinheiro está mais farto com a queda do Real e a valorização do Dólar e do Euro. Não vou dizer que vou conseguir, estou trabalhando de forma incansável. Meu prazo até dezembro estar com o novo investidor comprometido em começar o projeto", pontuou.
Plano B?
Questionado sobre a possibilidade de desistir do projeto da Arena Sport, Martorelli mostrou-se ainda alheio a essa chance – embora também não tenha se mostrado contrário. Ainda esperançoso em tocar o projeto, o mandatário revelou que qualquer decisão futura passará por uma comissão interna formada por membros do executivo e do deliberativo. "Não vou dar qualquer rumo à Ilha sem conversar com a comissão antes. É ela que vai decidir. Estou tentando viabilizar os 'player' (investidor) e se isso não acontecer, vamos discutir o que fazer com o futuro da Ilha", concluiu.
A arena
O projeto da arena leonina prevê um estádio para 45 mil pessoas e gira na casa dos R$ 750 milhões. Há ainda também espaço para um estacionamento com quatro mil vagas, além de empreendimentos comerciais e áreas exclusivas para modalidades amadoras. Depois que o contrato for sacramentado, ainda é necessário levar o mesmo para a aprovação dos sócios. Só depois disso é que a Ilha do Retiro poderá ser demolida.
Diario de Pernambuco
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