Guardiola esteve no estádio, mas não passou das arquibancadas. Nesta quarta, ele foi apenas um espectador, sem esconder a torcida pelo time que comandou de forma brilhante entre 2008 e 2012. Flagrado pelas câmeras, vibrava a cada lance perigoso dos espanhóis, principalmente diante das “canetas” que Messi aplicou em meio time do City.
Atualmente no comando do Bayern de Munique, possível rival do Barcelona nas próximas fases da Liga, Guardiola gostou do que viu. O time catalão lembrou aquele campeão europeu de 2009 e 2011, com o mesmo ímpeto ofensivo e grande posse de bola. Foi assim que os donos da casa, escalados com o trio Messi-Suárez-Neymar, massacraram o City na etapa inicial.
Logo aos 5 minutos, Daniel Alves roubou a bola na meia-lua da área e acionou Neymar, que bateu rasteiro e acertou o pé da trave. A bola caminhou sobre a linha do gol e saiu. Em seguida, Rakitic perdeu chance parecida. Messi avançava pela direita em direção ao meio, rasgando a defesa inglesa. Levava mais perigo com seus passes precisos do que com finalizações. As melhores surgiram em duas cobranças de falta rente ao travessão.
Foi num passe do argentino que o Barcelona abriu o placar aos 30 minutos. Após receber pela direita, ele fez levantamento preciso para Rakitic, livre de marcação na área, dominar no peito e bater por cobertura, superando o goleiro Hart.
O time da casa quase ampliou com Neymar e passe de Messi, em dois lances semelhantes. Em ambos, aos 38 e 39, o brasileiro errou o tempo de bola e desperdiçou as oportunidades. Aos 43, o atacante se redimiu ao dar lindo passe para Suárez, que bateu na saída de Hart. A bola atravessou a pequena área até carimbar o pé da trave e sair.
Perdido em campo, o Manchester só levou perigo em duas jogadas na etapa inicial. Aos 13, Yaya Touré tabelou com David Silva e cruzou rasteiro para finalização de Milner. Daniel Alves chegou antes e bloqueou o chute. Em outra chance, Kolarov bateu rasteiro da entrada da área e exigiu boa defesa de Ter Stegen, aos 17.
O intervalo da partida não amenizou o ímpeto da equipe catalã. E aos 2, Rakitic já ameaçava o gol de Hart em finalização de fora da área. Na sequência, Messi acionou Alba, que só parou no goleiro. As chances se sucediam, aos 17, com Suárez, e aos 18, em contra-ataque puxado por Neymar. Ele deu passe para Messi, que demorou para finalizar e perdeu incrível chance.
Depois dos sustos, o Manchester passou a chegar mais ao ataque. A equipe precisava ao menos de dois gols para levar o duelo para a prorrogação. E, sem desanimar, ameaçou com Kolarov, aos 18, Touré, aos 21.
A resposta do Barcelona foi quase mortal. Aos 25, Messi levantou para Neymar na área. O brasileiro parou no goleiro, mas Alba aproveitou o rebote e mandou para as redes. A arbitragem, contudo, assinalou impedimento de Neymar. O brasileiro ainda perderia outra boa oportunidade, aos 30, antes de a torcida espanhola levar um susto.
Aos 31, Agüero entrou driblando na defesa do Barcelona e caiu na área. O juiz anotou o pênalti, duvidoso. Mas na cobrança o argentino bateu mal e facilitou a defesa de Ter Stegen.
A última chance do time inglês foi seguida de um bombardeio do ataque catalão sobre Hart. Messi e Neymar disparavam em contra-ataque pelos dois lados do campo, causando desespero na zaga visitante. Mas a dupla, responsável pela maior parte das 23 finalizações do Barça, parou no goleiro. Foram ao menos três grandes defesas de Hart, de longe o melhor em campo na segunda etapa. Com sua atuação brilhante, evitou uma goleada dos espanhóis.
A boa atuação, coroada pela vitória e a classificação, aumenta ainda mais a confiança do grupo catalão às vésperas do decisivo clássico com o Real Madrid. Se vencer o rival no Camp Nou, no domingo, o líder Barcelona dará um bom passo rumo ao título do Campeonato Espanhol.
Blog da Folha
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