O juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, pediu a Polícia Civil certidões de antecedentes criminais dos denunciados pelo Ministério Público por envolvimento no esquema de corrupção e propina na Petrobras. Os pedidos foram feitos para as polícias da Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio e São Paulo e devem ser encaminhados ao juízo em até 15 dias.
Moro pediu que as certidões sejam detalhadas, contendo a data da sentença condenatória, a data do trânsito em julgado da sentença e o crime e pena acaso imposta aos acusados. Os pedidos referem-se a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, ao doleiro Alberto Youssef, a Ricardo Ribeiro Pessoa, executivo da UTC, João de Teive e Argollo, funcionário da UTC Engenharia, Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC Engenharia, Ângelo Alves Mendes, diretor vice-presidente Corporativo da Mendes Júnior, Alberto Elísio Vilaça Gomes, representante da Mendes Júnior em contratos com a Petrobras, José Humberto Cruvinel Resende, engenheiro da Área Operacional de Obras e Gerente de Contratos da Mendes Júnior, Rogério Cunha de Oliveira, diretor de Óleo e Gás da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, diretor vice-presidente executivo da Mendes Júnior Waldomiro de Oliveira, acusado de ter atuado como operador do esquema, Carlos Alberto Pereira da Costa, administrador da empresa GFD Investimentos, João Procópio Pacheco de Almeida Prado, operador de Youssef, Enivaldo Quadrado, responsável pela parte financeira da GFD Investimentos Ltda, Mário Lúcio de Oliveira, ligado à GFD, e Antonio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado ligado a Youssef, Jayme Alves de Oliveira Filho, agente da Polícia Federal, Dalton dos Santos Avancini, executivo da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, “Leitoso”, vice -presidente da Camargo Corrêa, Marcio Andrade Bonilho, presidente do Grupo Sanko, e Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-Ministro das Cidades.
No fim de janeiro, o Ministério Público Federal divulgou que os crimes já denunciados desviaram aproximadamente R$ 2,1 bilhões da Petrobras. Deste total, R$ 450 milhões já foram recuperados pela Procuradoria, que também pediu o ressarcimento de cerca de R$ 1 bilhão das construtoras na Justiça.
Como as investigações da Operação continuam em andamento, os valores podem aumentar. Até agora, foram instaurados 279 procedimentos, com 150 pessoas e 232 empresas sob investigação. Os procuradores da República que atuam no caso ofereceram 18 denúncias contra 86 pessoas, pelos crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de ativos, entre outros. Doze acordos de delação premiada foram firmados com pessoas físicas.
Estadão Conteúdo
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