Qatar bate Polônia e é 1º não-europeu a decidir Mundial de Handebol
França e Espanha jogam nesta sexta (30) para definir quem enfrenta o Qatar na final
LUSAIL, QATAR - "O dinheiro compra tudo. Até amor verdadeiro." A máxima do dramaturgo Nelson Rodrigues resume como uma torcida apaixonada por handebol lotou a novíssima e moderna arena no meio do deserto para ver a seleção do Qatar vencer mais uma potência europeia da modalidade e chegar à uma inédita final de Mundial masculino. Nesta sexta-feira (30), o "domingo" para os qataris, a legião estrangeira que representa o país venceu a Polônia, dona de uma prata e dois bronzes em Mundiais, por 31 a 29, e se classificou para a decisão de domingo (1), às 13h15 (do Recife). França e Espanha jogam nesta sexta (30) para definir quem enfrenta o Qatar.
Esta é a primeira vez na história da competição, em 23 edições, desde 1938, que uma equipe não-européia fica entre as três melhores. Entre os 16 atletas da seleção qatari, no entanto, seis naturalizados (contratados) são da Europa, um do Egito, um da Tunísia e um de Cuba. A maioria nos últimos dois anos.
Também é a primeira vez que um técnico pode conquistar o bicampeonato seguido comandando dois países diferentes. O responsável pela possível façanha é o espanhol Valero Ribera, campeão em 2013, em casa, com a Espanha, e agora podendo repetir o feito com o time que montou a pedido do rico e pequeno emirado do Golfo Pérsico.
"Jogam com o coração", repete o treinador que recebe, segundo a imprensa de seu próprio país, cerca de R$ 2,4 milhões por ano, além de outros benefícios, para ser o porta-voz de um time internacionalizado. De acordo com o site especializado "HandStation", os jogadores receberiam 90 mil euros (cerca de R$ 270 mil) por vitória. Já o título renderia mais de R$ 780 mil a cada atleta, fora benefícios como terras dentro do emirado.
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