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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MAIS RACISMO NO BRASIL

Capitã da Seleção Brasileira e do Sesi, Fabiana é vítima de injúria racial em jogo pela Superliga

Mineira Fabiana (camisa 1 do Sesi) foi ofendida durante partida contra Minas Tênis Clube, nessa terça-feira

Jogadora relata ter sido chamada de macaca durante partida contra o Minas na Arena


A meio de rede Fabiana, do Sesi-SP e da Seleção Brasileira, é mais uma vítima de injúria racial. Nesta quarta-feira, a jogadora postou, em seu Instagram, um texto, relatando ter sido chamada de macaca durante a derrota de sua equipe para o Minas, por 3 a 1, na noite dessa terça-feira, na Arena JK. No relato, a atleta, que é mineira de Santa Luzia e começou a carreira no clube Mackenzie antes de despontar no MTC, acusa um senhor pelos insultos.
Segundo Fabiana, ele foi prontamente retirado da Arena e levado a uma delegacia de polícia, onde teria sido registrado um Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido.

Leia o texto da Fabiana na íntegra

"Vivenciar isso é difícil e duro!Vivenciar isso na minha terra, torna tudo pior! Ontem durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo a partida. Ele foi prontamente retirado do ginásio pela direção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia. Agradeço a atitude do Minas, em não ser conivente com esse absurdo. Clube este, onde comecei a minha história e onde até hoje tenho pessoas queridas. Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano. A realidade me mostra que não fui a primeira e nem serei a última a sofrer atos racistas, mas jamais poderia me omitir. Não cabe mais tolerarmos preconceitos em pleno século XXI. A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!"


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