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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

HANDEBOL MASCULINO - JOGO DE VIDA OU MORTE

Seleção brasileira de handebol entra em quadra para decidir vaga e deixar traumas para trás

Brasil precisa da vitória sobre o Chile para se classificar entre os 16 que avançam às oitavas de final

Brasil enfrenta o Chile para definir classificação, após derrotas doídas


Sem traumas das vitórias que quase aconteceram. É desta forma que a seleção brasileira de handebol vai entrar em quadra nesta sexta-feira, às 11h (horário do Recife), para o último e decisivo jogo da fase de grupo, no Campeonato Mundial masculino, em Doha. A derrota para a Eslovênvia por 35 a 32 ficou para trás. O Brasil entra na Arena Lusail necessitando vencer para se classificar entre os 16 que avançam às oitavas de final. O Chile é o último colocado no grupo A. E a colocação do adversário é o que menos interessa para os brasileiros. Eles respeitam o Chile, pois entendem que durante muito tempo eram ignorados pelos rivais europeus.
"Não temos preconceito em relação ao Chile. Antes, isso já aconteceu com a gente. Outras seleções também nos olhavam com uma certa distância. Hoje, já conquistamos o respeito. Os jogos contra as equipes fortes do continente europeu mostra isso. O Chile é uma selecão que está sempre junto da gente, nos Sul-Americanos. Somos nós, Argentina e eles", comentou Zé Guilherme, armador direito, de 21 anos, e estreante em Mundial adulto.Ciente da responsabilidade para este último jogo da fase de grupo, o técnico Jordi Ribera tratou logo de afirmar que esta não é uma competição qualquer. Trata-se de um Mundial. E é prudente não menosprezar nenhum adversário. "Esta vai ser nossa final. E todos estão vendo como o Brasil joga. Quem veio ao Mundial tem valor. Não é porque o Chile está na última posição, que vamos entrar desatentos, adiantou Jordi, que comandou treino ontem à noite. Os jogadores Borges e Thiagus não participaram da movimentação, mas não devem ser problemas para a partida desta sexta-feira.
Sete metros é com ele
O ponteiro direito Fábio Chiuffa é um segundo maior artilheiro do Brasil, neste Mundial. Está com 20 gols. Muitos destes gols foram feitos através da cobrança de sete metros (tiro livre). Com direito a finta na hora do arremesso (no futebol, seria a famosa paradinha), Chiuffa conta que os batedores são escolhidos previamente. E além dele, são responsáveis pelas cobranças Diogo, Borges e Zeba. E é durante o jogo que o treinador Jordi Ribera decide quem vai ser o batedor.
"Quando tem um sete metros para bater e tem uns três cobradores oficiais em quadra, a gente olha para ele. Acho que estava cobrando a maioria dos lances livres porque meu aproveitamento está bom. Espero continuar assim", declarou Chiuffa.
Para este duelo decisivo contra o Chile, o ponteiro não quer apenas balanças as redes nos tiros de sete metros. Quer conseguir boas infiltrações pelas laterais também. "Quero fazer gols de todas as formas. Antes, a gente pensava que o nosso jogo chave seria contra a Espanha e Eslovênia. Não foi. Infelizmente, não deu para garantir a vaga antecipadamente. Então, nossa final é hoje (amanhã)", acrescentou o atleta.

Diario de Pernambuco

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