Trio é condenado a mais de 100 anos de reclusão por chacina em Jaboatão
Na época, Davi e Joelma terminaram presos em flagrante
Crime aconteceu em setembro de 2011, deixando cinco mortos e três feridos
Após onze horas de julgamento, três pessoas foram condenadas nesta terça-feira (2), por uma chacina ocorrida em setembro de 2011, no bairro de Socorro, em Jaboatão dos Guararapes. Segundo a Justiça, Joelma Ferreira da Silva foi condenada a 151 anos e 4 meses de reclusão, Davi Felix da Silva pegou 137 anos e 4 meses, e Edilson Dias de Souza, a 130 anos e 4 meses. O trio é acusado de cometer cinco assassinatos, e três tentativas de homicídio. Ambos foram submetidos a um júri popular, no Fórum Desembargador Henrique Capitulino, em Prazeres.De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o grupo responde pelos homicídios duplamente qualificados (por motivo torpe e sem chance de defesa) de Fábio José da Silva, Edjaneide Maria da Silva, Daniel Cícero da Silva, Rodrigo Severino Caneja e Robson Evangelista Rocha da Silva. Além destes, outras três pessoas foram atingidas, mas saíram apenas feridas: Fábio Júnior Chagas da Silva, Ednilson de Melo Souza e Jaqueline Vieira de Lima.Na época, quando foi presa, Joelma afirmou que o principal motivo foi a vingança da morte do irmão dela. Segundo as investigações, também participaram um menor de 17 anos e um quarto homem que teria sido responsável pelos disparos e não foi capturado. Joelma e Davi foram encontrados no Conjunto Marcos Freire, também em Jaboatão, e confessaram esse e outros crimes em depoimento. Com eles, foram encontradas as três armas usadas no crime, três toucas de ninja, munições de vários calibres e aproximadamente R$ 975 em espécie. Entre as armas, estava um revólver 357 Magnum, de uso exclusivo das Forças Armadas.Dos cinco mortos na chacina, dois teriam ligação com o assassinato do irmão de Joelma. Seriam os ex-presidiários Israel e Daniel Cícero da Silva. Segundo a polícia, o irmão de Joelma teria sido executado por estar ligado ao tráfico de drogas.Segundo os depoimentos dos sobreviventes ainda na fase de inquérito policial, Joelma estava encapuzada durante o crime. Na ocasião, os acusados teriam ordenado que as vítimas se ajoelhassem antes de serem executadas. Depois disso, Davi e Joelma terminaram presos em flagrante, enquanto Edilson teve a prisão decretada pela Justiça seis dias após o crime.
Folha de Pernambuco
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