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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

AS FALCATRUAS ERAM TRATADAS NA PETROBRAS

Executivo: valor de propina era tratado na Petrobras


O delator da Operação Lava Jato Augusto Mendonça, executivo da Toyo Setal, afirmou à Polícia Federal que as negociações de pagamento de propina eram feitas também na sede da Petrobras. Em depoimento prestado no dia 29 de outubro à PF, como parte do acordo de delação firmado pelo executivo com o Ministério Público, Mendonça diz que conversava por telefone com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e com o ex-gerente de engenharia Pedro Barusco para marcar encontros.
À PF, o executivo disse que as reuniões eram realizadas na sede da estatal, onde trabalhavam Duque e Barusco, e em locais públicos, como restaurantes e cafés. Entre os estabelecimentos citados estão o restaurante Gero, no Leblon, Alcaparra, no Flamengo, e EskCafé, no Centro. Esses encontros eram promovidos para negociações dos valores a serem pagos e também para a realização de um cronograma e um acompanhamento da realização dos pagamentos de propina.
Mendonça contou ainda que o acompanhamento do pagamento das propinas era feito por uma espécie de "conta corrente", que listava o fluxo dos pagamentos, nome dos projetos, valor da propina acertada, pagamentos efetuados e o saldo de cada um. Tais controles existiam também em papel, mas o documento foi destruído após a deflagração da Operação Lava Jato, em março deste ano.

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