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sábado, 29 de novembro de 2014

NO FINAL QUEM PAGA É O POVO

Mais lucros, menos encargos


 Chame-se ajuste gradual ou arrocho fiscal, a verdade é que vem chumbo grosso por aí. Em cima de quem? Dos mesmos de sempre, ou seja, a classe média. A previsão é de cortes não propriamente nas despesas públicas, mas nas aposentadorias e nos investimentos sociais, sem atingir o bolsa-família e programas similares. Não parece de graça que os setores conservadores, na imprensa e fora dela, vem saudando com efusão a nova equipe econômica.
A pergunta que se faz é sobre o estelionato eleitoral verificado em outubro. Porque a campanha da presidente Dilma indicava precisamente o contrário. Assim veio a reeleição, mesmo apertada. Agora vem o troco.
Outro desmentido das promessas eleitorais surge na formação do novo ministério. Os selecionados pelo PMDB pouco ou nada tem a ver com os problemas das respectivas pastas. Não são os melhores de cada setor, muito pelo contrário. Ocuparão espaços, de preferência os mais aquinhoados com verbas orçamentárias, sem planos destinados a promover mais eficiência e melhores realizações.
No PT, a mesma coisa, assim como nos partidos menores da base oficial. Em suma, permanece o loteamento da máquina pública, sem maiores preocupações com sua performance. Como hoje ignoram-se os nomes dos ainda ministros do primeiro mandato, no próximo nada mudará. Fora alguma exceção, serão ilustres desconhecidos, em se tratando de intimidade com os temas a conduzir.
Fica clara a pouca importância dada pela presidente da República à sua equipe. Entre os novos, certamente haverá aqueles que entrarão apenas uma vez no gabinete de Dilma, para tomar posse. Porque depois, tanto faz quando for a hora da demissão, nem precisarão despedir-se. Muito menos terão despachado questões de rotina. Simples cartas de agradecimento bastarão para caracterizar a pouca importância e até o desprezo demonstrado pela chefe do governo diante da maior parte de seus auxiliares.
Em suma, o segundo governo pouco irá diferir do primeiro, exceto quanto à política econômica. A vez será do andar de cima, aliás, jamais alijado das alturas. Apenas, a visão de seus ocupantes ficará mais clara, em se tratando das metas a conquistar: mais lucro, menos encargos.

Carlos Chagas

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