Coordenador do Todos com a Nota não vê falhas no programa, apesar dos "fantasmas"
Apesar do vazio nos estádios, coordenador do Todos com a Nota insiste que não há nada de errado com o programa
De acordo com Fabiano Gomes, programa vem cumprindo com seu intuito
"Não vejo isso como uma falha do programa. O Todos com a Nota se baseia na contraprestação do Estado em oferecer ao torcedor a possibilidade de assistir aos jogos mediante a troca de notas fiscais. E se verifica que vem havendo ganhos para o Estado, para a população e para os clubes. Temos que fiscalizar em relação ao contrato assinado e ao benefício que ele traz. E dentro do levantamento constante que fazemos, o modelo adotado tem atingido seu objetivo e é legal. Não há nenhuma ilegalidade. Obviamente estamos sempre em busca de melhorias e aperfeiçoamentos", disse o coordenador. "Se há a troca do ingresso e o torcedor não resolve ir ao estádio, não temos como interferir nisso. Se alguém compra um ingresso para o cinema e não vai, o cinema já faturou com aquele ingresso", comparou.
Apenas na fase classificatória do Campeonato Pernambucano deste ano, em 132 jogos realizados (muitos com públicos fantasmas), R$ 4,5 milhões vieram do Todos com a Nota – o que corresponde a 72,3% do total da arrecadação com bilheteria do Estadual. Por conta da taxa de 8% cobrada pela FPF em cada partida, a entidade faturou R$ 363 mil com dinheiro público. No ano passado, em oito competições (entre eles campeonatos de base, onde a presença de público é mínima), o Estado gastou R$ 13 milhões com o Todos com a Nota.
"Globalmente vemos que o Todos com a Nota vem contribuindo para levar grandes públicos aos estádio. Obviamente, em algumas partida de interesse menor, pode acontecer uma situação como essa (públicos fantasmas). Sobre as taxas que a federação paga (entre elas o valor de R$ 0,25 pago a uma seguradora por ingresso no último estadual) não tenho o que falar, nem interferir nisso", afirmou Fabiano. "A secretaria da Fazenda não tem nada a ver com o borderô da FPF. Não usamos ele para a fiscalização e sim as notas fiscais trocadas."
Sobre futuras melhorias, o coordenador da campanha voltou a bater na tecla da implantação do sistema com cartão eletrônico também no interior. No entanto, não deu prazos para que isso aconteça. "A nossa vontade é implantar isso até o final de 2015, mas não tenho como estipular prazo. Até porque tudo vai depender do próximo governo", encerrou.
Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário