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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

REFENO 2014 - GAUCHADA NA FRENTE

Gaúchos vencem Refeno



Barco Camiranga foi o primeiro a cumprir o percurso da 26a. regata Recife-Fernando de Noronha


FERNANDO DE NORONHA – A estreia não podia ser melhor. Em sua primeira regata, o Camiranga, monocasco comandado pelo gaúcho Samuel Albrecht, foi o primeiro a cruzar a linha de chegada da 26ª edição da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha, a Refeno.
O barco da classe ORC apontou na praia do Boldró por volta das 12h56 deste domingo (26), (horário do Recife) após percorrer as 298 milhas da disputa (equivalente a 545 quilômetros) em 22h43min40 segundos. O troféu Fita Azul da embarcação foi coroado pela recepção efusiva de um grupo de golfinhos, que sinalizou a chegada do vencedor ao arquipélago. “Vencer uma regata de resistência e complexa como essa na primeira prova do Camiranga já foi incrível por si só. Com os golfinhos nos dando as boas-vindas não tinha como ser melhor”, afirmou o comandante Albrecht.
A classe ORC foi a última a deixar o Marco Zero, na região central do Recife, ponto de largada da Refeno. Na saída, os barcos dessa categoria tiveram de lidar com um vento fraco de 5 nós. Como estratégia, os tripulantes do Camiranga resolveram abrir uma terceira vela e assumiram a ponta, antes mesmo de passarem pela boia instalada na praia de Boa Viagem. O barco gaúcho, então, manteve a primeira colocação e completou o percurso da Refeno sem ser incomodado por nenhum concorrente. “A gente não velejou com a intenção de ser o Fita Azul. Estamos surpresos e muito felizes com o resultado”, comemorou Samuel.
Dentre os 14 tripulantes do monocasco gaúcho, pelo menos sete já tinham velejado a Refeno ao menos uma vez. O Camiranga permanece ancorado no Porto de Santo Antônio, em Fernando de Noronha, até a sexta-feira. Depois, segue com destino ao Rio de Janeiro, onde vai participar da regata Santos Rio no dia 24 de outubro. “A Santos Rio é uma regata muito difícil. A Refeno é dura também, mas o percurso em linha reta facilita as coisas. Foi um importante teste para a gente”, concluiu Fabrício.
Muitas embarcações sequer tiveram a oportunidade de concluir as 298 milhas que separam o Recife de Fernando de Noronha. O pernambucano Ave Rara, tetracampeão da regata, teve um problema na vela nas imediações de Cabedelo, na Paraíba, e precisou retornar ao Recife. Outros barcos pernambucanos que ficaram pelo meio do caminho foram o Patoruzu e o Carcará II, ambos por causa do mau funcionamento de seus lemes. Também em função de quebra, as embarcações Fandango (AL), Travessia (PB), Ivadell (FRA) e Tiare II (SP) abandonaram a regata.

JC Online

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