No Rio, Náutico sai na frente de pênalti, mas deixa Vasco virar aos 42 do segundo tempo
Kleber (D) marcou no fim da partida para deixar o Vasco no G4
Derrota afasta o time alvirrubro da zona de acesso à Série A
Como prometido, o técnico alvirrubro Dado Cavancanti mandou a campo uma formação mais precavida, com João Ananias, Elicarlos e Paulinho formando o trio de volantes no meio de campo e Vinícius como único homem de criação. Na teoria, a ideia era congestionar os espaços para os vascaínos e quando ter a posse de bola sair com qualidade nos contra-ataques. Na prática, porém, isso não surtiu efeito.
Principalmente porque, além de dar espaço e não segurar o ímpeto ofensivo dos donos da casa, o Náutico não conseguia manter a posse de bola. Dessa forma, ao invés de um time bem postado defensivamente, o esquema alvirrubro deixou o time acuado no primeiro tempo. Os números falam por si. Além de ter mais de 60% de posse de bola, o Vasco criou pelo menos sete boas oportunidades de abrir o placar. E se os dois times desceram para o vestiário com a igualdade por 0 a 0, o maior responsável foi o goleiro timbu Júlio César, autor de grandes defesas em finalizações do atacante Kleber e do meia Douglas.
Só após os 25 minutos iniciais o Náutico conseguiu ultrapassar o meio de campo com qualidade ofensiva. E chegou a assustar os cariocas em chutes de Paulinho (bem defendido por Martin Silva) e Vinícius (tirando tinta do travessão). O meia também chegaria a balançar as redes, mas a arbitragem anulou marcando corretamente impedimento. O fato é que, se quisesse sair de São Januário com um bom resultado, o Náutico precisaria mudar sua postura.
E se os dois times voltaram com a mesma formação para o segundo tempo, ao menos o Náutico demonstrou mais atitude. Tanto que logo no primeiro minuto por pouco não abre o placar com Crislan. Foi a vez de Martin Silva fazer uma defesa milagrosa, na pequena área. O Vasco, por sua vez, não se assustou. E antes dos dez minutos voltou a assustar em lances com Douglas, Thalles e Kleber. Faltou capricho nas finalizações. Apesar dessa pressão, o cenário era outro. Com o Náutico não apenas se defendendo, mas buscando o ataque com a bola nos pés. A troca de passes, finalmente, apareceu.
A melhora de rendimento foi premiada aos 20 minutos. Em seu último lance antes de ser susbtituído por Cañete, Crislan foi “atropelado” pelo goleiro Martin Silva dentro da área. Pênalti claro e bem cobrado por Sassá, que marcou seu quarto gol consecultivo com a camisa do Náutico. Vantagem, no entanto, que não duraria muito tempo.
Aos 32 minutos, quando o Vasco já ensaiava um desespero, a defesa alvirrubra falhou, e Darkson, que havia acabado de entrar e receber um cartão amarelo por jogada violenta, desviou para as redes de Júlio César. Aos 35, o Dado Cavalcante colocou o atacante Bruno Furlan na vaga de Paulinho, com o intuito de dar nova força ao ataque alvirrubro. Deu certo, com o Náutico chegando com qualidade a frente. Cañete poderia premiar a mudança, mas perdeu grande chance aos 40.
A chance perdida custou caro. Dois minutos depois, em bola cruzada na aréa, os laterais Rafael Cruz e Raí não cortaram e Kleber Gladiador, livre na pequena área, chutou sem chance de defesa para Júlio César, virando o placar. Derrota doída para os alvirrubros.
Ficha do jogo
Vasco 2
Martín Silva, Diego Renan, Rodrigo, Douglas Silva e Lorran (Marlon); Guiñazu, Fabrício (Darkson), Douglas e Max Rodríguez (Edmílson); Kleber e Thalles. Técnico: Joel Santana.
Náutico 1
Júlio César, Rafael Cruz, Mario Risso, Renato Chaves e Raí; João Ananias, Elicarlos, Paulinho (Bruno Furlan) e Vinícius; Crislan (Cañete) e Sassá. Técnico: Dado Cavalcanti
Local: Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS). Assistentes: Alexandre Kleiniche e Carlos Henrique Selbach (ambos do RS). Gols: Sassá (21 do 2º tempo), Darkson (32 do 2º tempo) e Kleber (42 do 2º). Cartões amarelos: Fabrício, Darkson (V), Mário Risso, Paulinho, Rafael Cruz (N). Público: 10.291.
Diario de Pernambuco
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