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quinta-feira, 3 de julho de 2014

COPA DO MUNDO 2014 - SUPERANDO OS PROBLEMAS

José Pékerman é o responsável por fazer a Colômbia superar os problemas extracampo

Pékerman comandou a campanha que recolocou a equipe colombiana na Copa do Mundo, depois de 16 anos

Comandante da seleção colombiana assumiu a equipe em 2012


Numa Copa do Mundo marcada por dezenas de variações táticas durante os jogos, poucos técnicos conseguem mudar o time inteiro sem precisar recorrer ao banco de reservas. José Pékerman é um desses. Nesse aspecto, o técnico da Colômbia dá uma aula de futebol ao adversário de amanhã, o comandante da Seleção, Luiz Felipe Scolari.
Pékerman assumiu a Colômbia em janeiro de 2012 e comandou a campanha que recolocou a equipe na Copa do Mundo, depois de 16 anos. Assim mesmo, em primeira pessoa. No país, tornou-se ídolo por conseguir colocar ordem em um time que sempre teve os bons jogadores minados pela indisciplina. O técnico contratou um psicólogo argentino, tirou parentes e amigos das concentrações e mudou até a forma como o time viaja de avião: jogadores, agora, só na primeira classe. Tudo isso sem nem alterar o tom de voz.
Com o trabalho extracampo bem-sucedido, o trabalho do treinador argentino rendeu melhor. No gramado, é possível ver as teorias de Pékerman, um estudioso do futebol, surtir efeito. Em dois anos e meio, testou dezenas de alternativas táticas, algo que tem sido notado nesta Copa. Enquanto Falcao García, ídolo do time, estava inteiro, a equipe atuava num 4-4-2 clássico, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Quando perdeu o astro, conseguiu reconstruir o time, primeiro num 4-2-3-1, e agora quase num 4-4-2 à inglesa, com uma linha no meio-campo quando a Colômbia tem a bola.
Em poucos meses, a Colômbia que mantinha a posse de bola com toques curtos e cadenciados se tornou um time mais agressivo e veloz para tentar sentir menos falta de Falcao. Sem o craque da equipe, o técnico injetou força no meio-campo, com Aguilar no lugar de Guarín, para que pudesse priorizar o contra-ataque. Com o plano B promovido à estratégia principal, Pékerman comanda um time psicologicamente inteiro, cheio de alternativas e com quatro vitórias na Copa do Mundo. Uma ameaça e tanto ao Brasil.
Os 11 da Colômbia
Com o passar da Copa, o técnico José Pékerman deixou o 4-2-3-1 da moda e voltou a apostar nas variações do 4-4-2. A tendência é manter a ideia dos últimos dois jogos, com James Rodríguez e Cuadrado invertendo as posições quando o time ataca. Um dos segredos da estratégia colombiana está no trabalho defensivo: se a equipe perde a bola, James se adianta e tem a posição ocupada por Gutiérrez.
Quem vem do banco
Quando a situação aperta, Pékerman costuma apostar no trio
FREDY GUARÍN
Volante, 28 anos
Perdeu a posição para Aguilar no decorrer das eliminatórias porque tinha características ofensivas demais para a função, na visão do treinador. Quando entra, melhora o passe e segura a bola.
JUAN FERNANDO QUINTERO
Meia, 21 anos
Reserva direto de James Rodríguez, tem técnica parecida, mas estilo diferente: com mais movimentação e conversa, gosta de determinar o ritmo do jogo com passes precisos.
VICTOR IBARBO
Atacante, 24 anos
Começou como titular, mas teve dificuldade para compor o setor esquerdo e acabou sacado. Vindo do banco, pode complicar: se não tem a técnica de Cuadrado, ao menos é mais forte e rápido do que ele.


Diario de Pernambuco

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