Secopa tenta justificar o porquê de nenhuma seleção ter fixado base em Pernambuco
"Isso competiria às prefeituras ou aos investidores privados", justificou Ricardo Leitão
Segundo secretário, caberia às prefeituras ou investimento privado atrair seleções
De acordo com Ricardo Leitão, o Estado não tinha obrigação sendo a necessidade da iniciativa de tentar atrair as delegações de prefeituras ou iniciativas privadas. Segundo o secretário, o Governo até buscou incentivar os investidores privados ou mesmo as prefeituras, mas não obteve sucesso. "O Governo do Estado não pode construir o campo. Pelo caderno de encargos da Fifa, isso competiria às prefeituras ou aos investidores privados", disse.
"Precisaríamos de um hotel quatro estrelas, quartos com andares bloqueados e dois campos de treinamento junto ao hotel. fomos até empresários em Porto de Galinhas, Gravatá e Olinda, tentamos convencer com o fato de ter uma seleção lá seria um conveniente turístico, com mídia constante. Mais torcedores ficariam no estado, mas não foi possível fechar", acrescentou o secretário.
Leitão revelou ainda que dois hotéis, em Porto de Galinhas e outro em Gravatá, chegaram a ser aprovados pela Fifa. Mas esbarraram no tempo e na burocracia. "O de Gravatá chegamos a estimulá-los a desenvolver um projeto para encaminhar ao Ministério dos Esportes, que poderia financiar. Mas não foi aprovado em tempo. Chegamos a tentar o entendimento com a Prefeitura de Ipojuca para que um campo em Nossa Senhora do Ó fosse reformado nos padrões mínimos, mas a última gestão não se sensibilizou", pontuou.
Exemplo baiano
Para tentar justificar o porquê de Pernambuco não ter trazido qualquer seleção, Leitão apontou o exemplo da seleção da Alemanha, que se ficou no pequeno município de Santa Cruz Cabrália, no Sul da Bahia. "A Alemanha poderia ter ficado em Santa Catarina, onde há uma grande colônia alemã, mas um empresário alemão estava construindo um resort para atrair turistas europeus. Ele alterou o cronograma, certamente ofereceu preços bons e construiu dois campos dentro para a seleção. Isso é empreendedorismo e tem retorno de muitos anos. Não houve essa visão aqui", disparou.
E os CTs?
Os Centro de Treinamento de Náutico e Sport foram reformados pelos clubes em parceria com a Prefeitura do Recife. Estima-se que o município “investiu” cerca de R$ 7 milhões nos dois clubes – valor que o secretário George Braga preferiu não divulgar. Questionado sobre a subutilização dos Centro Oficiais de Treinamento (COT) – que só foi usado uma única vez pela seleção da Costa Rica, no Náutico -, Braga justificou: “Ter esses centro de treinamentos era uma das obrigações impostas no caderno de encargos da Fifa. Eles queria três e nós ainda baixamos para dois. Fizemos a nossa obrigação, infelizmente não poderíamos interferir na programação das seleções”, afirmou. No total, nove seleções passaram pelo estado na Copa.
Diario de Pernambuco
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