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terça-feira, 1 de julho de 2014

COPA DO MUNDO 2014 - DESPACHOU OS ESTADOS UNIDOS

Bélgica domina os Estados Unidos, arranca suada vitória de 2 a 1 na prorrogação e avança

Lukaku saiu do banco para fazer o segundo gol da Bélgica e garantir a vitória contra os Estados Unidos

Após críticas, Diabos Vermelhos fizeram a melhor apresentação na Copa


Quem foi que disse que não há encanto no futebol belga? Depois ser econômica na primeira fase, a equipe deixou para apresentar o que de melhor tem na reta final da Copa do Mundo. Toque de bola, intensa movimentação ofensiva e a certeza de que o time pode seguir com passos firmes nesta Copa do Mundo. Se não fosse a grandeza do goleiro Howard, não precisaria ser derramado tanto suor pela vitória. O placar de 2 a 1, com gols de De Bruyne e do decisivo Lukaku só na prorrogação, representa um engano. A Arena Fonte Nova voltou sim a presenciar um massacre. Dessa vez, sem goleada.
A Bélgica foi superior aos Estados Unidos durante todo o jogo. Os minutos finais da prorrogação foram a exceção e, na verdade, deram um tom de emoção extrema. Mas a justiça - se é que ela existe no futebol - acabou sendo feita. Agora, os Diabos Vermelhas precisam crescer ainda mais. Terão adiante a Argentina nas quartas de final da Copa do Mundo, às 13h do próximo sábado, no Mané Garrincha, em Brasília. 
Pressão belga sem sucesso

A etapa inicial trouxe à tona o poder ofensivo da tão falada promissora geração da Bélgica. A equipe apresentou uma intensa movimentação na linha de frente. Hazard, pela esquerda, e Mertens, pela direita, tinham papel fundamental nesse esquema. Os dois carregaram um dupla função em campo. Sem a bola, impediam o avanço dos laterais norte-americanos. Depois, viravam pontas para auxiliar na criação. 
Os Diabos Vermelhos, assim, dominaram a primeira parte do jogo. Nela, as laterais eram os caminhos que levavam ao gol dos Estados Unidos. Tudo na base de velocidade. Howard não chegou a ser castigado pela falta de finalizador nato dentro da área. A aposta do dia de Wilmots foi Origi. Ele até tentou, mas não conseguiu tirar o zero do placar.

Durante a etapa inicial, no entanto, não faltaram tentativas por parte dos belgas. Foram pelo menos cinco oportunidades de gol criadas. A melhor delas, acabou desperdiçada por De Bruyne. Um chute fraco derrubou a bela jogada construída pelo lateral Vertoghen. Ao time norte-americano, coube boa parte do apoio da Arena Fonte Nova. Eles dão sinais de que adoram mesmo o soccer. Mesmo nos momentos em que a equipe sofria perigo, não faltavam gritos de “USA!” ou “Eu acredito que nós vamos vencer!”. 
Em campo, não foi bem assim. Improvisado e isolado no ataque, Dempsey foi discreto e tirou boa parte do poder ofensivo do time de Klinsmann. As chances foram escassas na etapa inicial. A melhor, veio aos 20 minutos quando o próprio capitão dos Estados Unidos chutou nas mãos de Courtois. Muito pouco.
Pressão continua na etapa final
A volta das equipes para o gramado trouxe o mesmo panorama do primeiro tempo. Aliás, foi mais intenso. Os belgas martelaram a defesa norte-americana. Em menos de 15 minutos, foram criadas cinco boas chances. O baixinho Mertens pulou de cabeça e obrigou Howard a fazer boa defesa. Pouco depois, a Fonte Nova chegou a vibrar. Vertoghen voltou a se arriscar no ataque e cruzou rasteiro. De Bruyne e Origi se esticaram, mas não alcançaram a bola. Não perca o fôlego. Ainda teve bola no travessão do insistente Origi e outra que raspou a trave na última tentativa de Mertens em campo.
Neste momento, começou a brilhar a estrela de Howard. Referência do time, o goleiro norte-americano se agigantou e virou peça fundamental para manter o placar no 0 a 0 o quanto pôde. Vale também reconhecer a excelente condição física dos comandados de Klinsmann. Correram até demais. O jogo, no entanto, era só ataque da Bélgica. As chances de marcar só faziam se multiplicar, mas não evitaram a prorrogação.

No momento de maior pressão da partida foi que a Bélgica conseguiu desencantar. Logo aos dois minutos da prorrogação, Lukaku inciou um rápido contra-ataque. Passou para De Bruyne, que chutou no canto direito. Enfim, Howard foi vencido. Os Diabos Vermelhos foram ao delírio. O técnico Wilmots chegou a invadir o campo no momento da vibração. Enfim, aliviado. 
Mal sabia que, pouco depois, o avanço às quartas de final estaria decretado de vez com a mesma dupla ofensiva. Em novo contra-ataque, De Bruyne passou para Lukaku, que, com muita estrela, saiu do banco de reservas e fez o segundo gol da partida em um chute preciso. O vencedor não poderia ser outro. Mas, no fim, ainda coube uma dose de muito drama. Os Estados Unidos chegaram a diminuir o placar com um chute de primeira de Green, no tempo final da prorrogação.
Bélgica 2
Courtois; Alderweireld, Kompany, Van Buyten e Vertoghen; Witsel, Fellaini, Hazard (Chadli), De Bruyne e Mertens (Mirallas), Origi (Lukaku). Técnico: Marc Wilmots
Estados Unidos 1
Howard; Johnson (Yedlin), González, Besler e Beasley; Cameron,  Bedoya (Green), Jones, Bradley e Zusi (Wondolowski); Dempsey. Técnico: Jürgen Klinsmann
Local: Arena Fonte Nova
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)
Assistentes: Redouane Achik e Abdelhak Ethciali (ambos da Argélia)
Gols: De Bruyne (aos 2min do 1ºT da prorrogação), Lukaku (aos 14min do 1ºT da prorrogação), Green (ao 1min do 2ªT da prorrogação)
Cartões amarelos: Kompany (B); Cameron (E)
Público: 51.227 pessoas


Diario de Pernambuco 

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