Com reservas, Bélgica vence Coréia do Sul, mantém 100% e enfrenta EUA nas oitavas
Jan Vertonghen marcou o gol da vitória da Bélgica contra a Coréia do Sul no Itaquerão
Wilmots poupou boa parte dos titulares, mas venceu os Tigres Asiáticos em SP
No jogo que fechou a primeira fase da Copa do Mundo, a Bélgica mesmo sem se esforçar muito e com uma equipe mista, garantiu o primeiro lugar da Grupo H e os 100% de aproveitamento ao derrotar a Coreia do Sul por 1 a 0 nesta quinta-feira no Itaquerão. Agora, os belgas, que seguem sem apresentar um grande futebol no Mundial, enfrentam os Estados Unidos, terça-feira, em Salvador, pelas oitavas de final. Já a Coreia foi a última seleção asiática a se despedir da Copa. A última vez que o continente não conseguiu emplacar nenhum representante entre os 16 melhores foi em 2006, na Alemanha.
Ao contrário dos jogos Uruguai x Inglaterra e Holanda x Chile, onde os torcedores estrangeiros marcaram forte presença no Itaquerão, a maioria absoluta das pessoas que foram ao estádio assistir ao duelo entre Bélgica e Coreia do Sul era formada por brasileiros. Bastava uma rápida olhada nas cadeiras para perceber isso. Poucos pontos vermelhos, cor em comum da duas seleções em campo, em meio ao intenso amarelo das camisas da seleção brasileira. E não demorou para que essa maioria nacional escolhesse um lado para torcer. O da Coreia.
Principalmente após notar o maior interesse pelo jogo por parte dos asiáticos. Precisando desesperadamente da vitória, os sul-coreanos procuraram partir para cima da já classificada Bélgica desde os minutos iniciais. Porém, esbarrava nas limitações técnicas e físicas da seleção em relação à equipe europeia, que por sinal, poupou vários títulares pensando nas oitavas de final. Entre eles, o zagueiro Kompany, o meia Hazard e o atacante Lukaku.
A combinação das limitações da Coreia somadas a pouca motivação belga resultou em um primeiro tempo pouco atrativo e com raros lances de perigo. Quando a Bélgica resolveu sair um pouco da sua passividade e impor sua maior qualidade chegava até com certa facilidade à meta coreana. Porém, falhava no último toque. Como em um lance incrível aos 24 minutos, quando. Mertens, na pequena área e sem marcação, chutou por cima. Um dos gols mais perdidos dessa Copa.
A rigor, apesar da maior vontade, a Coreia só ameaçou de verdade aos 29 minutos, em chute rasteiro e forte do meia Ki, obrigando Courtois a fazer boa defesa. No escanteio, o goleiro belga voltou a aparecer ao salvar quase em cima da linha cabecada de Son. Porém, o maior alento da Coreia veio com a expulsão justa do meia Mertens por entrada violenta em cima de Ki Sungyoung, aos 44 minutos.
Com um jogador a mais e a essa altura precisando vencer por dois gols de diferença, já que aquela altura a Rússia vencia a Argélia por 1 a 0 na Arena da Baixada, o técnico sul-coreano Myungbo resolveu partir para o tudo ou nada. Tirando um jogador de marcação para pôr um atacante. E como se esperava, a Coreia procurou pressionar. Porém, mais uma vez sobrava vontade e faltava qualidade. Correria, mas sem boas trocas de passes.
Tanto que o primero grande lance da etapa final, mais uma vez, foi belga. Novamente com Mertens, que obrigou o goleio Kim a se esticar para defender uma finalização de fora da área. Diante de um cenário onde a Bélgica olhava o relógio já pensando na segunda fase e a Coreia trannspirando, mas com enorme dificuldade de criar, o jogo voltou a cair. Ao ponto da torcida procurar se apegar a alguma coisa para se divertir. Seja puxando uma ola ou o grito de guerra do Corinthians, os donos da casa (recebiam vaias de volta dos outros torcedores).
Só aos 31 minutos, a Bélgica, enfim, fez valer a sua maior qualidade. E em um lance que mostra bem o que foi a Coreia no jogo. Querendo sair rápido para o ataque, a defesa asiática entrou a bola de graça para os belgas. Na sequência, Origi chutou forte, o goleiro Kim deu rebote e Vertonghen, sozinho, não perdoou a inocência coreana.
Nos minutos finais, com os asiáticos entregues, a torcida brasileira mudou de lado e passou a apoiar a Bélgica, com direito a gritos de olé a cada troca de passes. Para recompensar, Hazard, principal estrela da seleção e que entrou para atuar nos minutos finais, quase agradece com um golaço, limpando o zagueiro e chutando cruzado.
Já a Coreia seguiu lutando. Lee ainda tentou um gol de letra em cobrança de escanteio. Mas a mala para casa já estava fechada.
Ficha do jogo
Coreia do Sul
Seunggyu Kim; Yong Lee, Younggwon Kim, Jeongho Hong e Sukyoung Yun; Sungyueng Ki, Kookyoung Han (Keunho Lee), Heungmin Son (Dongwon Ji), Chungyong Lee e Jacheol Koo; Shinwook Kim (Bokyung Kim). Técnico: Myungbo Hong.
Bélgica
Courtoins; Vander Borre, Van Buyten, Lombaerts e Vertonghen; Defour, Dembele e Fellainni; Januzaj (Chadli), Mertens (Origi) e Mirallas (Hazard). Técnico: Marc Wilmots
Local: Itaquerão (SP).
Árbitro: Benjamin Williams (Austrália).
Assistentes: Matthew Cream e Hakan Anaz (ambos da Austrália).
Gol: Vertonghen (31 do 2 tempo)
Cartões amarelos: Dembele e Hong (C ).
Expulsão: Defour.
Publico: 61.397
Diario de Pernambuco
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