Técnico e presidente da Federação Italiana pedem demissão depois de eliminação na Copa
Cesare Prandelli, comandante da Azzurra, se mostrou bastante chateado com 'agressões verbais'
Cesare Prandelli admitiu falha no projeto técnico, mas falta oficializar decisão
Uma derrota que abalou as estruturas do futebol italiano. No dia em que foi eliminada da Copa do Mundo, com revés por 1 a 0 para o Uruguai, a Azzurra parece ter perdido o técnico e o presidente da Federação Italiana de uma vez.Em entrevista na Arena das Dunas, o técnico revelou o pedido e disse que as críticas que vão além do futebol foram fatores que incomodaram.
“Conversei com o presidente da Federação, Giancarlo Abete, e o vice, Demetrio Albertini, e visto que o projeto técnico é de minha responsabilidade, apresentei a minha demissão. Antes da renovação de contrato havia a vontade de continuar no projeto, e camuflar os problemas do futebol italiano. Depois vieram agressões verbais e nos tornamos como um partido político. Eu sempre paguei meus impostos e caminho com a cabeça alta agora”, disse o treinador.
A questão é como será feita a possível condução para a saída do técnico, que ainda não teve o pedido aceito. O próprio presidente da instituição, Giancarlo Abete, minutos depois, disse que também não continuará no comando. Ele revelou que ocorrerá uma reunião nos próximos dias para organizar as diretrizes.
“Prandelli apresentou o pedido de demissão e vou convocar o conselho, entre sexta e segunda-feira, e espero que ele retire esse pedido. Na minha opinião, mesmo com o triste resultado, todo o possível foi feito dentro do nível de produtividade. Tivemos resultados excelentes nas Eliminatórias, e tudo não pode ser subestimado. De qualquer forma, eu apresentarei a minha demissão também. É um pedido irrevogável. Nós fizemos o máximo, o corpo técnico e os jogadores. Queremos levar todos a um nível de reflexão”, avaliou.
Com a despedida do Mundial, a Azzurra é a terceira campeã a voltar para a casa na fase de grupos. Espanha e Inglaterra também estão fora. Pelo lado italiano fica a frustração de ser eliminado antes do mata-mata, como aconteceu na África do Sul. Antes da Copa, Prandelli havia renovado seu contrato com a Itália até 2016.
Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário