Costarriquenho percorreu quase 6 mil quilômetros de bicicleta para torcer pela seleção
Makei saiu de Puntarenas, na Costa Rica, no dia 30 de março
Marco Luís Benavides, 54 anos, passou por Fortaleza e também veio ao Recife
Após quarenta anos de aventuras como ciclista, o costarriquenho Marco Luís Benavides, 54, realiza a maior delas: veio ao Brasil de bicicleta para acompanhar a sua seleção durante a Copa do Mundo. A primeira parada foi em Fortaleza para o jogo entre Costa Rica e Uruguai. Do seu país até a capital cearense foram incríveis 5.400 km, todos feitos com a sua bicicleta. A segunda parada é o Recife, feitos da mesma maneira. E assim ele acumulou mais 800 km à jornada.Marcos Luís é conhecido no seu país pelo apelido de Makei. Em frente à Arena Pernambuco, nesta sexta-feira, com sua bicicleta e uma pequena bagagem, chamava a atenção de todos que, quando ouviam a sua história - contada diversas vezes, seja para jornalistas de várias partes do mundo, seja para curiosos - se impressionavam. Os pedidos para fotos eram constantes.
Makei conta que saiu da sua cidade, Puntarenas, na Costa Rica, no dia 30 de março. Cruzou o Panamá e a Colômbia até ultrapassar a fronteira do Brasil pelo Amazonas. Veio seguindo mapas e instruções de um amigo, com quem falava todo dia e pesquisava rotas pela internet para ele. A ajuda primordial, no entanto, encontrou no caminho. Sem muito dinheiro, dependeu do auxílio das pessoas para dormir e comer.
"Saí da Costa Rica com algo como US$ 1.400. Os brasileiros me ajudaram muito pelo caminho. Tenho os brasileiros no meu coração. A partir de agora, é a minha segunda pátria", afirmou Makei, que também contou com a ajuda dos compatriotas em Fortaleza. Ele não veio com ingressos e só conseguiu comprar o bilhete para entrar na partida com o Uruguai graças a contribuições dos costarriquenhos. "Dei sorte. Acho que me torneio um amuleto. Por isso vim também para o Recife", contou.
Assim como em Fortaleza, Makei não veio para o jogo com a Itália com ingresso. A tática será a mesma. Vai esperar até poucos minutos antes do jogo. Pelo menos é o que ele diz. "Vamos ver. Estou esperando. As pessoas estão me ajudando. Não sei se vai dar, porque estou aqui com uns R$ 100. Vamos ver", disse.
A volta para casa será em breve, também pelo motivo financeiro. "O dinheiro está acabando, então vou ter que voltar", comentou. Como será o retorno? Ele diz que vai contar, novamente, com a ajuda das pessoas. "Fiz muitos amigos no caminho. Vou voltar da mesma maneira como vim", afirmou.
Diario de Pernambuco
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