Jovem larga emprego e vem a Brasília para acompanhar o Mundial
Loveridge, com a bandeira de Guernsey toda assinada pelos amigos que fez pela caminho
Phillip Loveridge largou o emprego no arquipélago de Guernsey, que fica entre a França e a Inglaterra e tem 65 mil habitantes, para acompanhar seis jogos do Mundial em Brasília. Só sairá daqui para ver a Inglaterra, time do coração, cumprir tabela contra a Costa Rica
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) tem mais países membros do que a Organização das Nações Unidas (ONU): 209 contra 193. Vir de um país ainda não independente cuja seleção não é reconhecida por nenhuma grande entidade esportiva não foi problema para que Phillip Loveridge, 23 anos, largasse o emprego de administrador no pequeno arquipélago de Guernsey, entre a França e a Inglaterra, para viajar pela América Latina e assisitir à Copa do Mundo no Brasil. E a cidade escolhida pelo jovem para acompanhar os jogos não foi o Rio de Janeiro, São Paulo ou outro destino turístico no Nordeste. Após passar por oito países na América Central, Phillip ficará durante todo o mês do Mundial em Brasília.“Tudo o que eu sabia sobre a capital do Brasil é que ela era em formato de avião, com monumentos de arquitetura moderna”, conta. Dicas de roteiros turísticos em sites e indicações de outros viajantes não eram suficientemente animadoras para trazer Phillip a Brasília. “Disseram que era uma cidade péssima para mochileiros, sem vida noturna ou muito o que fazer durante o dia”, relata. Porém, para o jovem de Guernsey, o sonho de assistir no estádio a uma Copa do Mundo foi motivo suficiente para escolher parar em terras brasilienses. “Fui por onde era mais fácil encontrar ingressos disponíveis antes do sorteio das chaves. São Paulo e Rio já não tinham mais tantas entradas.”
Dos jogos no Mane Garrincha, Phillip só não vai à partida válida pelas quartas de final. Entre os confrontos que acompanha em Brasília, o mochileiro vai viajar e voltar no mesmo dia a tempo de ver a Inglaterra, seleção que torce, apenas cumprir tabela contra a surpreendente Costa Rica, já garantida nas oitavas de final. “É uma pena que tenhamos sido eliminados logo na primeira fase e a partida à qual vou assistir não seja mais interessante, mas vou torcer pelo English Team do mesmo jeito”, lamenta. A torcida de Phillip, agora, é pelo Brasil, nação que o adotou durante a Copa do Mundo. “Mas meu país é Guernsey”, comenta ele, que carrega uma bandeira do pequeno arquipélago toda rabiscada com assinaturas de amigos que fez durante a viagem.
Diario de Pernambuco
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