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sábado, 24 de maio de 2014

SPORT - FORAGIDOS

Advogado não sabe paradeiro dos integrantes de organizada que estão foragidos

Entre os foragidos, está o presidente da Torcida Jovem, conhecido como Marinho


Após a prisão de dois integrantes da torcida organizada Fanáutico, na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil continua em busca dos outros quatro torcedores foragidos. A operação, denominada Gol de Placa, tem ao todo 14 indiciados, mas a Justiça concedeu mandado de prisão para apenas seis, até o momento. A expectativa agora, é para a prisão dos demais envolvidos.
Maury Dantas, que é o advogado dos quatro foragidos, disse, em contato com o Superesportes, que não sabe o paradeiro de Mário de Azevedo Santos Júnior, conhecido como Marinho, presidente da Torcida Jovem do Sport, de 35 anos; Henrique Marques Ferreira, vice-presidente da Jovem, de 28 anos; Josué Joaquim do Nascimento, conhecido como "Josué Bauá", que é fundador da Jovem e Lázaro Rodrigues dos Santos, de 28 anos.
“Não sei aonde eles estão. Mas estou estudando as possibilidades e não descarto eles se entregarem”, disse o advogado. Sobre o processo, Maury Dantas disse que já estuda a estratégia de defesa.  “Estamos preparando um pedido de liberdade para eles. Estamos analisando o caso ainda”, adiantou.
Todos os envolvimentos fazem parte da Fanáutico (Náutico) e da Torcida Jovem (Sport). Segundo informações repassadas pela polícia, os suspeitos estavam sendo investigados desde o ano passado. O inquérito teve como ponto de partida a briga ocorrida na Rua da União, na Boa Vista, entre as facções Jovem e Fanáutico, em julho de 2013. Todos estariam envolvidos na confusão. No processo, que segue na 12ª Vara Criminal da Capital, há há 14 denunciados por formação de quadrilha, dano qualificado (patrimônio público), dano simples (patrimônio privado), rixa e provocação de tumulto.
Entenda o caso
Os integrantes da Fanáutico, Wallace Santos Duarte, 23 anos, e David Marcos Custódio de Lira, 24, que foram detidos na manhã desta sexta-feira (23), respondem a processo por formação de quadrilha e dano ao patrimônio público. Os réus sequer haviam sido citados do processo a que respondem na 12ª Vara Criminal da Capital. Agora, presos, ambos vão ser recolhidos ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), e lá serão citados, momento em que receberão uma cópia da denúncia ofertada pelo Ministério Público e que deu início ao trâmite processual ao qual vão responder.
Quatro integrantes da Torcida Jovem, o presidente da facção, Mário de Azevedo Santos Júnior, o Marinho, além de Josué Joaquim do Nascimento Filho, Henrique Marques Ferreira e Lázaro Rodrigues dos Santos, deveriam ter sido presos também. Entretanto, o vazamento da informação dos mandados de prisão permitiu que os quatro fugissem. Devido a este fato, o juiz responsável pela 12ª Vara Criminal, Alfredo Hermes Barbosa de Aguiar Neto, recomendou à secretaria da vara que não concedesse maiores informações acerca dos detalhes do processo.
Em regra, um processo judicial é público, sendo suas informações abertas a todos da sociedade. Entretanto, em determinados casos, é possível a vedação do acesso aos autos processuais, a fim de se preservar o andamento do processo ou a ordem pública. É o denominado segredo de justiça, que encontra amparo constitucional no artigo 93 da Constituição da República. Enquanto no Código de Processo Penal, o artigo 792, parágrafo 1º traz o amparo legal para os processos criminais.


Diario de Pernambuco

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