Protesto contra a Copa tem princípio de tumulto em São Paulo
Cerca de 1,5 mil pessoas participam da manifestação que começou com concentração no Largo da Batata, em Pinheiros
Houve um princípio de tumulto no protesto que acontece na noite desta quinta-feira (13) contra os gastos na Copa do Mundo. Segundo a Polícia Militar (PM), alguns participantes do ato depredaram a fachada de uma agência do Banco do Brasil e arremessaram um coquetel molotov contra a tropa que acompanhava o protesto. A polícia agiu para conter a ação e impedir o avanço da passeata.
Duas pessoas já tinham sido detidas. Segundo a PM, um rapaz foi preso portando um estilingue e esferas de aço. Um menor foi apreendido depredando a Estação Faria Lima do metrô. Ambos foram encaminhados ao 14º Distrito Policial em Pinheiros, zona oeste.
Ainda de acordo com a PM, cerca de 1,5 mil pessoas participam da manifestação que começou com concentração no Largo da Batata, em Pinheiros. O grupo seguiu em passeata pela Avenida Faria Lima e subiu a Avenida Rebouças em direção à Avenida Paulista, região central da capital.
A última manifestação sobre o mesmo tema, ocorrida no dia 22 de fevereiro, foi dispersada com auxílio de uma tropa de policiais composta com agentes com treinamento em artes marciais. Ao final da ação, 262 pessoas acabaram detidas, entre elas diversos jornalistas. Por isso, o grupo Advogados Ativistas entrou com um pedido de liminar para que a PM fosse proibida de usar a chamada "tropa de braço" no ato de hoje. A Justiça, no entanto, negou o pedido.
A página que convocou o protesto no Facebook critica o uso de recursos públicos para a organização do mundial de futebol. “A previsão é que os investimentos para o Mundial alcancem R$ 33 bilhões --o país vai custear 85,5% das obras relacionadas ao evento, com dinheiro dos governos federal, estaduais e municipais”, diz o texto que afirma ainda que “é mais que comprovado que a Copa não agrega valores para os países das quais foram sede”.
Na opinião dos organizadores da manifestação, as obras para o evento atropelam os direitos da população. “Hoje, no Brasil, vivemos em uma situação caótica do SUS [Sistema Único de Saúde], com pessoas despejadas para construção de estádios, falta de investimento na educação e em infraestrutura”, acrescenta o texto.
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