Vica explica determinação de silêncio no Arruda: "Quero preservar os jogadores"
"Não levo futebol na brincadeira", disse o treinador do Santa Cruz
Técnico disse que vai estender a medida para antes dos clássicos e citou exemplo de Neto Baiano e Lisca para argumentar ordem dos atletas não falarem com a imprensa
O comandante coral ressaltou que a medida já é recorrente na sua carreira de treinador. Às vésperas de clássicos ou jogos considerados mais relevantes, prefere que ninguém fale para evitar mal-entendidos. Vai estender a ordem durante a temporada. Citou o exemplo do rubro-negro Neto Baiano e do alvirrubro Lisca para argumentar a sua decisão e disparou: "Não levo futebol na brincadeira."
Diante do Náutico, Vica vai participar do seu primeiro clássico em Pernambuco. Ou seja, será o primeiro de alguns dias de "mordaça" para os seus comandados neste ano. "Quero evitar situações. Evitar palavras mal-colocadas e mal-interpretadas. Coisas que podem causar constrangimento. Quero preservar os meus jogadores", resumiu o técnico tricolor. "Não é nada contra a imprensa. São só cuidados que tenho há algum tempo na minha carreira. Jogador fala o que não deve falar", completou.
O treinador ainda citou dois exemplos para argumentar a determinação. Lembrou de caso que ocorreram na Copa do Nordeste. Um que envolveu ele mesmoantes do jogo contra o CSA, em Maceió, e outro que afligiu o atacante do Sport, Neto Baiano, e o técnico do Náutico, Lisca.
"O caso do Neto Baiano e Lisca é um exemplo que podia ser evitado. Outra vez, um dirigente do CSA disse que tinha chamado o time deles de 'timinho' sem eu ter dito nada. Inventaram isso. Não levo futebol na brincadeira e faço o máximo para não agitar. Futebol é coisa séria. Temos que conter palavras até para não transformá-las até em violência fora de campo", afirmou, indo ainda mais além nos argumentos.
Salários
Questionado se o "silêncio" poderia ser por conta de salários atrasados no elenco, Vica foi enfático. "Não tem nada a ver com isso", disse.
Diario de Pernambuco
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