Magrão desconversa sobre Tabu
O goleiro do Sport nunca perdeu para o Náutico, na Ilha, mas diz que o que vale é a dedicação das equipes em campo
Magrão relutou em dar entrevistas, ontem à tarde. “Por quê sempre eu tenho de conversar com os jornalistas em momentos como esse?”, indagou à assessoria de imprensa do Sport. Escutou que os dias que antecedem um clássico – contra o Náutico, amanhã, na Ilha, pela Copa do Nordeste – são sempre complicados. “Coloca um dos garotos. Eles já fazem menino e não podem dar entrevistas?”, indagou novamente, dessa vez às gargalhadas. A nova resposta: “É você mesmo”. É dessa maneira que o Sport está tratando o jogo contra o Timbu. Com muito cuidado e colocando para falar os mais experientes no dia a dia. Magrão não poderia ficar de fora. Afinal, em quase dez anos de Sport, nunca perdeu para o Náutico na Ilha.
Dez anos é também o tempo que os rubro-negros não perdem para os alvirrubros em sua casa. Ainda assim, o goleiro ressalta que a marca não interfere em nada. Impressiona apenas o torcedor. Não há mesmo como esperar algo bombástico ou provocação de Magrão. “É complicado mesmo. O clássico é isso que sempre nós falamos nas entrevistas. É um jogo decidido nos detalhes, mexe com a cidade e não tem favoritos. Vai ser sempre assim”, ponderou.
A última vez que o Leão conheceu a derrota para o Náutico em seus domínios foi no Pernambucano de 2004 – Magrão chegou para a Série B do mesmo ano, em maio –, um 3x1 para os alvirrubros, gols de Gil Baiano, Kuki e Batata. “Não tinha lembrança se tinha perdido ou não. Mas, na realidade, os jogadores novos nem sabe desse tabu. Nem viveram nada disso. E normal, no entanto, o torcedor falar. Que isso seja um ingrediente a mais para vencermos”, afirmou o jogador.
Outro ponto tocado pelos atletas – e não só por Magrão – é a questão do favoritismo do Sport citado pelo técnico alvirrubro, Lisca. Ainda mais com as duas equipes ainda em ritmo de pré-temporada, Magrão entende que o diferencial é outro: a condição física. “Quem der um gás a mais, na realidade, pode se sair melhor. Esse vai ser o segredo”, disse. O atacante Felipe Azevedo, que marcou contra o Botafogo no empate por 1x1 na estreia do Leão no Nordestão, vai pela mesma linha. “Estamos todos iguais em início de temporada. Talvez o nosso único trunfo seja jogar em casa”, apontou.
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