Presidente do Náutico se diz traído e abandonado
Paulo Wanderley reclamou da postura de 'alguns ex-aliados no clube', mas evitou dar nomes
O presidente do Náutico, Paulo Wanderley, disse estar se sentindo abandonado e traído por “alguns antigos aliados no clube”, mas evitou dar nomes às pessoas que teriam lhe “apunhalado pelas costas” nos últimos meses. Com a equipe sendo o saco de pancadas do Brasileirão – vem de 11 derrotas consecutivas, amarga a lanterna há 24 rodadas e já está rebaixada à Série B – e com a proximidade da eleição à presidência, que está marcada para o próximo dia 15, o atual mandatário virou alvo de críticas ferozes de integrantes das quatro chapas de oposição ao cargo.
“Aceito as críticas que estão sendo feitas ao futebol do Náutico em 2013. Dou mesmo a mão à palmatória, pois sou o presidente. Mas muitos do que estão agora me criticando estavam há alguns meses do meu lado e faziam parte dessa diretoria. Os 17 membros do extinto Colegiado Alvirrubro, por exemplo, deveriam também assumir suas parcelas de responsabilidade. Por alguns deles, sinto-me traído e abandonado. Infelizmente, sairei da presidência do Náutico com menos amigos do que entrei”, afirmou.
O presidente alvirrubro disse que a intensidade das críticas não estão “machucando” apenas a ele, como também a sua esposa e os dois filhos. “É lógico que eles sofrem com tudo isso. Mas sinceramente, não me arrependo de ter assumido o comando do Náutico. Amo esse clube e tudo que fiz foi tentando ajudar ao máximo o clube. Sairei daqui com a cabeça erguida”, afirmou Paulo Wanderley, que apontou como seu principal erro o fato de ter “escutado demais pessoas de dentro do clube”.
“Ouvi demais e tentei agradar a todos. Deveria ter seguido mais as minhas convicções e a minha intuição. O problema do Náutico é a grande vaidade das pessoas. Isso atrapalha na hora de trabalhar em conjunto. Tentei quebrar um pouco disso e me prejudiquei”, afirmou o atual mandatário timbu, que assim que deixar a presidência reassumirá sua cadeira no Conselho Deliberativo, onde tem mandato até o dia 31 de dezembro de 2015.
Sobre a eleição do próximo dia 15, Paulo Wanderley disse que não iria fazer campanha para nenhuma chapa, apesar de o diretor e homem forte do futebol na sua gestão, Alexandre Homem de Melo, sair como o candidato da situação. “Não vou interferir na campanha de nenhuma das chapas. Isso não tem nada a ver com o fato de ele não querer se vincular ao meu nome, até porque todos os candidatos tiveram num passado recente uma ligação muito próxima a mim. Só acho que o atual presidente não tem que se meter nessa fase da campanha”, finalizou Paulo Wanderley.
JConline
Nenhum comentário:
Postar um comentário