Com gol de pênalti, Chapecoense vence o líder Palmeiras
No último jogo de Chapeoense e Palmeiras na Série B do Campeonato Brasileiro, o vice levou a melhor sobre o campeão. Com força máxima, a equipe catarinense venceu por 1 a 0 a escalação reserva do líder. O gol, de pênalti, foi anotado pelo artilheiro isolado da competição: Bruno Rangel.
Foi apenas a sétima derrota palmeirense. Antes de ser batido em Chapecó, a equipe treinada por Gilson Kleina havia sido superada por América-MG, Paysandu, Icasa, ABC, Boa Esporte e Sport. A Chapecoense tornou-se, assim, a que menos perdeu ao longo das 38 rodadas disputadas.
Neste sábado, mesmo com uma formação cheia de reservas, o campeão fez um primeiro tempo melhor do que o dos donos da casa e, em 20 minutos, já havia tido seis finalizações. A última foi a melhor delas. Após ótimo lançamento de Felipe Menezes, Alan Kardec surgiu por trás da zaga e bateu de primeira, sendo parado apenas por boa defesa do goleiro Nivaldo.
Pouco depois, a Chapecoense foi obrigada a fazer a primeira substituição. Por uma dividida com o atacante Serginho, em lance anterior ao gol, Alemão machucou o tornozelo direito. O zagueiro até tentou continuar em campo, mas não suportou a dor, deu lugar ao volante Glaydson e deixou o estádio direto para o hospital para ser submetido a uma radiografia.
A equipe da casa tinha dificuldade para jogar pelo meio do campo e apostava principalmente em jogadas pelo lado, setores onde Wendel e Juninho davam conta do recado para o Palmeiras. O lateral esquerdo, porém, quase cometeu pênalti aos 35 minutos. Apesar de a bola ter tocado seu braço direito, seu movimento convenceu o árbitro de que o desvio não foi intencional.
Mas ele não conseguiu o mesmo aos 42 minutos, quando seu braço direito novamente desviou a trajetória de um cruzamento, dentro da área. O árbitro assinalou penalidade máxima e deu cartão amarelo a Juninho. Na cobrança, Bruno Rangel abriu o placar, tirando a bola do alcance do goleiro Fábio, que fazia sua segunda partida pelo profissional.
Depois do gol do atacante, que balançou a rede 31 vezes na competição, não restou tempo para o Palmeiras reagir na primeira etapa. No intervalo, com os dois laterais pendurados, Gilson Kleina sacou Wendel e aproveitou o segundo tempo para dar nova oportunidade ao jovem Bruno Oliveira, revelado nas categorias de base do clube.
Com seis minutos, o treinador foi obrigado a mexer novamente. O volante Eguren se machucou em dividida com Bruno Rangel e pediu para sair. Atrás no marcador, Kleina optou por um esquema mais ofensivo, colocando o atacante Ananias no lugar do uruguaio.
Aos 14 minutos, Juninho chegou à linha de fundo e atrasou para Serginho bater de primeira. A bola desviou na zaga e quase enganou Nivaldo, mas saiu pela linha de fundo. A torcida local ameaçou começar a gritar "olé" a cada passe da Chapecoense, mas desistiu mais tarde, quando Alan Kardec recebeu passe de Serginho, driblou Dão dentro da área e bateu rasteiro. A bola passou pelo goleiro e saiu à direita do gol.
Kleina ainda tentou uma última cartada, substituindo Charles pelo meia-atacante Ronny, mas não obteve sucesso. Desentrosada, a formação reserva do campeão não teve qualidade suficiente para vazar a meta da Chapecoense, que passa para a elite com a credencial de time que menos perdeu e que teve o principal goleador da Série B.