Técnico Vica fala sobre trajetória no
Santa Cruz e projeta futuro no clube
m um raro momento de folga do Santa Cruz, Vica curte a família no Recife (Foto: Thiago Ribeiro)
Treinador que classificou a equipe tricolor para a fase de mata-mata da série C destaca os fatores que levaram o grupo à recuperação no torneio
Somente após a classificação para a próxima fase da Série C é que o técnico Vica finalmente pode se dizer tranquilo. Com tanta pressão para levar o Santa Cruz ao acesso, o treinador coral ainda não teve tempo para aproveitar muitas das atrações que Pernambuco oferece.
Ao lado da esposa Sílvia e da filha Paula, o treinador tricolor, em uma rara tarde de descanso, falou sobre a sua chegada ao clube, seu relacionamento com jogadores e a torcida,o atual momento do tricolor e os planos para o futuro:
A chegada ao Arruda
Quando existiu a proposta, fiquei na dúvida. Sandro era muito querido pelo grupo de jogadores e por conta disso seria difícil para um treinador novo chegar no lugar dele, mas aí é que entrou o próprio Sandro. Mesmo perdendo o cargo, ele foi o principal responsável pela minha vinda. Foi ele quem me indicou e que lutou pela minha contratação. Com o respeito e o apoio dele, depois de uma boa conversa, aí sim não tive dúvidas e aceitei o convite.
Principal trunfo
Acho que meu jeito de lidar com os atletas ajudou muito. Sou muito franco com eles. Nosso relacionamento é muito transparente. Sou daqueles que gostam de dividir a responsabilidade. Não sou de fazer média. Se perdemos, eu tenho minha parcela de culpa e eles também. Se ganhamos, a mesma coisa.
A massa coral
Acompanhei a festa da torcida desde o acesso à Série C, quando eles invadiam outras cidades e tudo mais. Ano passado, quando era técnico do Fortaleza, comentávamos que, se deixassem o Santa chegar, uma vaga já seria deles. É a torcida mais impressionante que eu já vi.
Dênis Marques
Dênis vive uma situação complicada. Existe um problema e temos que resolvê-lo. Eu conto com ele, o grupo conta com ele e a diretoria também, mas temos que saber se ele quer. Me dou muito bem com ele e inclusive já conversamos. Já falei isso para ele, mas o problema é que não posso dar regalias para um ou outro jogador. Se um dia existir algum problema, ele sabe que pode vir falar comigo e eu libero do treino sem problemas, assim como já fiz com outros atletas. Ele é importante para o grupo e sei que pode nos ajudar muito nessa reta final. Vamos conversar com o jogador e resolver isso.
Respeito para subir
Crescemos na hora certa e estamos chegando no nosso objetivo. Para conseguirmos o acesso, creio que o principal ponto será o respeito aos adversários. Não podemos subestimar ninguém.
Futuro no clube
Passei três anos e meio no ASA, porque não fazer um trabalho assim no Santa Cruz? Tenho vontade disso, mas sabemos como o futebol é e precisamos desse acesso à Série B para que isso comece a ser negociado.
GLOBOESPORTE.COM
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