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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

NÁUTICO - INTERVENÇÃO ALVIRRUBRA

Grupo de advogados timbus tentará intervenção do clube via Ministério Público

Brenno Costa/DP/D.A Press

Torcedores alvirrubros irão recorrer à Justiça em busca de transparência nas contas e patrimônio do Náutico


A crise alvirrubra não se restringe apenas ao gramado. A má fase do Timbu também terminou respingando nas arquibancadas. Um grupo de torcedores do Náutico está se mobilizando em busca da intervenção do clube através do Ministério Público. O principal motivo é a falta de transparência que o clube vive. Inspirados no recente caso do Bahia, os torcedores querem mudanças nos Aflitos.

O Tricolor Baiano está sob intervenção judicial desde o dia 9 de julho, após torcedores entrarem com uma ação na Justiça pedindo que uma auditoria seja realizada nas contas do clube. A ideia dos 42 advogados alvirrubros que ajudam a mover a ação contra o clube é similar, contudo a meta não é assumir o Náutico, mas sim buscar a transparência nas ações executivas do Timbu. “Queremos tratar das perdas patrimoniais, extra-patrimoniais, vendas suspeitas, salários de jogadores e acordos trabalhistas. Queremos transparência no Náutico”, explicou a advogada Silvia Bourbon. Após a torcida mostrar a inquietação via redes sociais, o grupo decidiu que era hora de fazer algo pelo clube. Até uma petição online foi criada pelos advogados para que os torcedores assinem e apoiem a causa.

De acordo com Silvia, o grupo não tem qualquer cunho político ou é parte de alguma oposição à atual administração timbu. A única motivação deles é saber o que acontece nas contas do clube. “Não é um movimento, e sim um grupo de 42 advogados que se uniu para fazer essa intervenção junto ao Ministério Público nos mesmos moldes que foi feita a do Bahia”, justificou. Segundo Silvia, os advogados ainda tentaram conversar com a diretoria, mas a tentativa de diálogo não progrediu. “Tentamos argumentar lá no Náutico e não obtivemos resposta alguma. A transparência é zero.”

Em caso de sucesso da intervenção, o Ministério Público teria que impedir decisões dos atuais dirigentes e convocar novas eleições. Além disto, a intenção é que uma auditoria seja feita e o patrimôno do clube seja avaliado. “Nós queremos uma intervenção e não tomar o clube para nosso grupo. Queremos expor o que tem e o que não tem para que possamos pedir atitudes”, finalizou Silvia.


Diario de Pernambuco

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