Por que a Federação Pernambucana quer evitar o clássico entre Náutico e Sport?
"O jogo em si não é só um jogo", disse o presidente da Federação Pernambucana |
Presidente da entidade mantém mistério enquanto mandatário do Timbu não comenta assunto
Durante todo o dia de ontem, o Superesportes falou inúmeras vezes com o presidente da FPF para tentar compreender a decisão da entidade. E desde o início, Evandro deixou a entender que a decisão passa muito mais pela simples desculpa da possibilidade de o estado ter dois clubes na fase internacional do torneio. “Futebol é negócio. O jogo em si não é só um jogo. Envolvem negociações de patrocínios, de televisionamento e outras questões que não têm porque irem a público. E é natural que a imprensa e a opinião pública não tenham conhecimento de todos os aspectos. Se uma instituição tem que ser criticada, que seja a Federação. Nós servimos de vidraça”, afirmou, no início da tarde.
Em seguida, a reportagem ouviu os dirigentes máximos dos dois clubes. O presidente do Sport Luciano Bivar disse que a diretoria leonina “não irá mover uma palha para mudar o confronto” e avaliou a postura da FPF como um “contrassenso”. Já o mandatário alvirrubro, Paulo Wanderley, se pronunciou apenas por uma mensagem de texto, na qual disse: “Quando o jogo for confirmado, eu falo.” À noite, Evandro Carvalho foi ainda mais enigmático.
Inicialmente, o Superesportes quis saber se o pedido de mudança teria partido do Náutico, já que só o presidente timbu preferiu não se posicionar. “Avaliei dados e fatos e entendo que essa é a decisão correta. Existem coisas que eu posso falar e outras que eu não posso falar. Mas vamos admitir a possibilidade de cada clube ter tomado um lado. Houve empate e a Federação decide”.
Na sequência, Evandro foi questionado sobre qual seria a posição da FPF caso os presidentes dos dois clubes se mostrassem favoráveis ao clássico. “Seria a mesma. Pode parecer que isso vai de encontro ao interesse dos clubes, mas não vai. Há agravantes que não podem ser revelados”. Por fim, mais uma resposta evasiva. Teria havido interferência da televisão, do governo ou da Arena Pernambuco nessa postura da entidade? “Sem comentários.”
Diario de Pernambuco
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